quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

PONTO DE VISTA - MARANHÃO NA UTI – POR ADRIANO SARNEY


Resultado de imagem para adriano sarneyPor Adriano Sarney
Poucos anos atrás a saúde de nosso estado era um exemplo para todo o Brasil. Na época, pela primeira vez na história do Maranhão e do Brasil, a sociedade preferia o atendimento público ao serviço privado. O povo preferia as UPAS em detrimento dos hospitais particulares. Entretanto, estes foram tempos que ficaram para trás. Hoje, a realidade é muito diferente.
Na semana passada, o fechamento repentino de um hospital em Matões do Norte escancarou não apenas a desordem na saúde pública, mas também o completo despreparo das autoridades. O Governo do Estado fechou a unidade de saúde e demitiu os profissionais sem nenhum tipo de aviso prévio. A população também não foi informada. Alguns dias depois foi anunciada uma “reforma” emergencial que mais parece desculpa.
Recentemente, um caso chamou a atenção da imprensa e revelou a dimensão da crise na Saúde: No dia 22 de janeiro, o senhor João Espíndola faleceu em São Luís. A imagem da filha dele, desesperada, empurrando a maca hospitalar pelas ruas do centro de São Luís, tomou as redes sociais maranhenses em um turbilhão de tristeza e revolta.
Espindola, infelizmente, representa a volta de uma das chagas de nosso estado que estava banida fazia anos: as procissões de ambulâncias do interior trazendo pessoas para a capital. Não para serem tratadas, mas para morrerem nas filas de hospitais superlotados que não possuem a capacidade de atender a todos os pacientes do estado.
Se em um passado recente os municípios do interior conviviam com inaugurações de hospitais, contratações de médicos e enfermeiros, verbas o suficiente para cuidar dos seus pacientes em suas cidades, hoje o que se constata são grandes e pomposas solenidades, divulgadas maciçamente pela mídia governista, para entrega de ambulâncias, ou seja, muita propaganda e poucas ações de uma política de saúde séria e eficiente.
Outro fato agravante da crise na Saúde: No dia 5 de fevereiro as maternidades da capital entraram em colapso. Dias após sofrer com o fechamento do hospital de Matões, o povo maranhense sentiu o descaso em relação às maternidades. Esse dia será lembrado na saúde como o dia em que maternidades RECUSARAM o atendimento a mães, crianças nascidas e ainda por nascer.
Tudo isto está acontecendo por causa da inoperância do governo, que permitiu o fechamento da maternidade Maria do Amparo. O mesmo governo que abandonou o Materno Infantil e o deixou impossibilitado de prestar atendimentos naquele dia. Caso semelhante ao da Maternidade Benedito Leite, que havia passado por uma greve de profissionais de limpeza e estava de portas fechadas.
O dia 5 de fevereiro foi de caos na maternidade Marly Sarney. Congestionada e com pessoas sendo atendidas em macas nos corredores, pessoas expostas e desamparadas sendo atendidas em cadeiras de plástico!
Enquanto idosos agonizam dentro de ambulâncias, bebezinhos se amontoam nos corredores das maternidades e o povo sofre decepcionado com a queda de atendimento nas UPAS, o governador tem como principal ocupação as provocações ao presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais.
Também é lamentável a situação de nossos médicos e profissionais da saúde. Que agora convivem com o medo de perda do diploma. Porque nós bem sabemos que quando acontecer uma tragédia, e se persistir o descaso ela irá, o governo irá culpar os profissionais da saúde em vez de reconhecer sua falha como gestor da Saúde, deixando um legado de hospitais regionais fechados, maternidades agonizando e UPAs sem medicamentos, enfim, a saúde do Maranhão está na UTI.
Adriano Sarney – Deputado Estadual, Economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbone, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

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A pauta do encontro de trabalho teve como como principal vetor a interseção do deputado federal junto ao Congresso Nacional no sentido da liberação de recursos diversos para o município, muitos destes recursos atualmente disponíveis, mas não liberados em em razão de detalhes burocráticos, assim como  o envio de emendas de conteúdo do próprio parlamentar, conforme foi assegurado pelo mesmo quando ainda do processo eleitoral.
Mendes, que graças ao trabalho realizado por Concórdia, obteve uma expressiva votação em Bacabal quando do último pleito, garantiu ao presidente do parlamento que envidará todos os esforços nesse sentido, frisando que Bacabal está inserida na lista de prioridades  para envio de emendas de cunho pessoal quando o câmara abrir calendário para a realização deste tipo de processo interno.
O presidente da câmara municipal de Bacabal avaliou o encontro como muto positivo e saiu do mesmo convencido de o deputado federal será um dos pilares da administração do prefeito Edvan Brandão de Farias (PSC).

Do Blog do Abel Carvalho

PONTO DE VISTA - ARRUMANDO A CASA !?…POR JOAQUIM HAIKEL


Por Joaquim Haickel
Passei os dois últimos anos do primeiro governo de Flávio Dino fazendo análises e críticas sobre seu modo de agir politicamente. Indiquei e provei diversas vezes que a mecânica da política se impõe sobre qualquer um e em qualquer caso, não importando quem seja o agente ou sua ideologia. Digo isso para reafirmar que a mera mudança de governante não significa mudança na prática política propriamente dita.
É bem verdade que pelo fato do grupo hegemônico anterior ter permanecido muito tempo no poder, a mudança que ocorreu em 2014 se sobressaiu bem mais.
Há uma outra coisa que precisa ser dita. Flávio Dino, espertamente, agiu em seu primeiro mandato como se na verdade estivesse na oposição, fazendo com que as críticas e as cobranças que deveriam ser feitas ao seu governo, fossem direcionadas para seus adversários!
Mas isso tudo é passado! Vamos ver o que o presente nos oferece e qual futuro nos aguarda.
FD está fazendo uma grande rearrumação em seu governo, trocando secretários de pastas, demitindo uns e indicando novos para substituí-los. O governador tem para com seus auxiliares uma postura muito peculiar. Ele não é igual a João Castelo, que ganhou de seus amigos o carinhoso apelido de “Deixa Comigo”, pois em que pesasse ter um excelente time de secretários, Castelo jogava nas 11 e fazia gols de placa em várias áreas! Flávio tem poucos auxiliares que possam ser chamados realmente de secretários, pessoas que realmente tenham autonomia. O que ele tem em abundância são prepostos, pessoas designadas por ele para cumprirem o papel protocolar de obedecê-lo e seguirem milimetricamente suas orientações.
Depois de se eleger para um segundo mandato, o governador precisa reacomodar seus aliados, que não são poucos, e para isso precisa calcular com astúcia e perícia cada movimento, no que é ajudado pela falta de competência de seus correligionários no que diz respeito à indicação de bons nomes para ocuparem cargos estratégicos.
Exemplo disso é o DEM, que perdeu a SEDES por não ter a sabedoria de indicar o nome do ex-líder do governo, Rogério Cafeteira, para essa secretaria. Flávio Dino precisava colocar Rogério em um cargo e o DEM, pensando mais em seu umbigo, perdeu uma grande oportunidade de empreender uma das mais importantes manobras da política: fazer filho na mulher dos outros!…
Rogério Cafeteira foi indicado para a SEDEL na conta pessoal do governador e o DEM parece que ficará com menos do que já tinha ou receberá algum posto bem menor que a SEDES.
Sobre a indicação de Cafeteira para a SEDEL, Dino comete o mesmo erro cometido por Roseana Sarney em 2011, ao nomear uma pessoa com excelente qualificação em outras áreas para exercer a gestão da SEDEL.
Quanto ao futuro, tudo indica que os ventos sopram decisivamente para estufar as velas do barco de Carlos Brandão, que como vice-governador, deve assumir o governo em meados de 2022 e se candidatar ao governo.
Deste movimento dependem todos os outros que passo aqui a imaginar e relatar: Em 2022 Flávio Dino se desincompatibilizará para disputar o Senado; Brandão, que sábia e competentemente, desde já, começa a criar em torno de si um grupo que lhe garanta a disputa do governo com grande vantagem, tomará posse; Weverton e Josimar devem ser outros dois postulantes ao governo e também estão neste mesmo grupo político; no time da oposição não vislumbro até este momento nenhum nome que possa ameaçar Brandão; Weverton deve se acertar com o vice, que precisará em sua campanha, do partido do senador, o PDT, que numa negociação vai querer indicar o vice do colinense; Josimar pode ou não se candidatar ao governo, mas penso que o “bota pra moer” que existe dentro dele não permitirá, levando-o a um possível acordo.
Bem, era isso que eu tinha pra dizer hoje! Até uma outra oportunidade.

COLUNA DO ZÉ LOPES - TODA VEZ QUE ALGUÉM DISSER “OI”, SE FOR DA OPERADORA, REJEITE


Em dezembro, a operadora “OI” lançou em Bacabal – falo porque tentei fazer aqui – alguns planos de internet dizendo ser promocional, o que me fez ligar e pedir um mais em conta, o de cinco GB, o que daria pra solucionar todos os meus problemas, já que usaria para minhas postagens no meu blog e e-mails.

Depois de uns vinte dias ou mais, reclamei que ninguém tinha aparecido e dias depois chegou na casa de minha irmã, onde estou morando, um técnico, que aproveitou a velha linha e apenas a habilitou. Disse a ele que estendesse o ramal até o quarto onde estou fazendo o meu escritório e ele me falou que quando fosse ligar o molden, estenderia o ramal até o lugar desejado e foi embora.

No final de dezembro, recebi um telefonema da operadora pedindo permissão para efetuar o serviço, o que de pronto dei, só que o plano que eles queriam botar, estava muito alem, financeiramente, do que haviam anunciado e do que eu havia pedido. Não aceitei. Depois recebi outro telefonema que iriam habilitar a minha internet no plano que foi combinado. ainda bem.
Passaram-se uns vinte dias ou mais, cansado da espera, procurei o escritório da “OI” e a atendente passou o meu problema para a central e no sábado seguinte apareceu um técnico para habilitar a bendita internet. Mostrei a ele o lugar que eu queria e ele foi categórico em dizer que se eu quisesse, ele só poderia colocar ali pois ali era o terminal e eu expliquei que tinha crianças em casa e ali não daria certo. Era só esticar o ramal em mais quatro metros e o problema seria resolvido. Ele apenas deu as costas e saiu.

Para minha grata surpresa, chegou  na residencia da minha irmã, duas contas, me cobrando um serviço que eles não prestaram. Em primeiro lugar, eu não pedi linha telefônica, pedi internet, e isso ainda não tenho. Em segundo lugar, como consta na cobrança – EXCEDENTES, OUTROS SERVIÇOS E TAXAS – que excedente, que taxas, que outros serviços, se nem o serviço que contratei foi feito!!!  Que prestadoras, hein!!!
Sábado fui novamente na agencia da “OI” pedindo uma solução para o meu problema e uma atendente sem ao menos olhar para os papeis que levei, foi taxativa: - Infelizmente aqui não podemos resolver o seu problema. Entre na justiça.
Saí de lá e fui direto consultar um advogado e contei a ele o caso e ele finalizou: - Seja feita a vontade da funcionaria da “OI”, e por causa dela e das praxes da operadora, , serei mais um a levar a "OI" na justiça... E procurar uma outra operadora.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

OPINIÃO – CADERNO ESTADO MAIOR - É PRECISO EXPLICAR MELHOR


O deputado federal Cléber Verde (PRB) teve as atenções nacionais voltadas para a campanha de seu partido no Maranhão.
No meio de denúncias de candidaturas “laranjas”, um levantamento do Jornal Nacional mostra que uma candidata à Assembleia Legislativa do Maranhão mandou confeccionar mais santinhos do que a quantidade da população do estado inteiro.
Maria Rosas pagou a uma só gráfica – que fica em Tuntum e pertence a um filiado do PRB – quase R$ 550 mil. Apesar da verba alta, Rosas teve poucos mais de 160 votos.
As explicações dadas pelo deputado maranhense – que preside o PRB no Maranhão – parece que precisam ser mais detalhadas.
Segundo informou o parlamentar ao Jornal Nacional, a gráfica foi escolhida pelo menor valor do trabalho e pela qualidade. E que a votação inexpressiva de uma candidata faz parte da imprevisibilidade das eleições.
Bem, para uma empresa de um filiado do PRB que recebeu de uma candidata quase R$ 600 mil e do próprio Cléber Verde outros R$ 580 mil, as explicações precisem talvez de mais consistência.
Lembrando que as contas de Verde foram aprovadas com ressalva pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e tiveram parecer do Ministério Público Eleitoral pela sua desaprovação.

Estado Maior

ROBERTO ROCHA QUER PF E MORO NA INVESTIGAÇÃO DA ELEIÇÃO DO SENADO


O senador e corregedor do Senado, Roberto Rocha, está responsável pela apuração da fraude durante a eleição para a Mesa Diretora do Senado Federal. O parlamentar maranhense afirmou, através das redes sociais, que terá o apoio da Polícia Federal e do ministro Sérgio Moro para concluir o caso.
Roberto Rocha, que assegurou apoio total do presidente do Senado, disse ainda que a ideia é “não permitir exploração política. Não queremos espetacularização do caso”. Veja abaixo.
As imagens do circuito interno do Senado já estão sendo analisadas por peritos e, até o momento, seis senadores são suspeitos de terem participado da fraude durante a eleição. Por conta da fraude, já que apareceram 82 votos, sendo que são somente 81 senadores, a eleição inicial foi anulada.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

PONTO DE VISTA - APRENDIZAGEM QUE REPARA CAMINHOS - POR FELIPE CAMARÃO


Por Felipe Camarão
Ao longo de quase três anos como secretário de Educação, tenho encontrado, em minhas andanças pelo Maranhão, histórias impressionantes de gente que, assim como o governador Flávio Dino e eu, acredita na educação como caminho para o desenvolvimento social, transformação de vidas e a correção de rumos fadados ao fracasso.
Nas últimas semanas, conheci um jovem que chamarei aqui de Mário – para preservar sua imagem – estudante de uma das 49 escolas em tempo integral criadas no primeiro mandato do governador. Cabe destacar que a unidade na qual está matriculado passa pelo ‘ano de sobrivência’, nomenclatura utilizada para o primeiro ano de implantação desse novo modelo de educação.
Mário é um garoto de tenra idade que experimentou a marginalidade, envolveu-se com o crime e não tinha qualquer perspectiva de futuro. Entretanto conseguiu abandonar essas mazelas ao encontrar, na escola, um novo caminho para a vida. Foi lá que ele vivenciou uma transformação profunda, que alterou sua consciência de mundo, expandindo-a a ponto de, no primeiro ano do Ensino Médio, já ter certeza da carreira que queria seguir, a de Químico.
Há um interessante conceito para denominar esse processo ocorrido com o jovem. Chama-se metanoia – uma mudança na forma de pensar. A palavra metanoia vem do grego metanoein, da união de metá, que significa “depois”; e νοῦς, cujo sinônimo é “pensamento” ou “intelecto”. Se fôssemos seguir ao pé da letra seria “mudar o próprio pensamento”.
Para nós, educadores, essa alteração no modo de pensar, de esperançar, passa essencialmente pela aprendizagem, que é o principal ato capaz de transformar o modo racional, intelectual, emocional e espiritual de um indivíduo.
É aqui que está nosso foco para a educação do Maranhão – investir na aprendizagem do estudante, de forma que adquira competências, habilidades, conhecimentos, valores e até modifique o comportamento, de forma que se torne protagonista da própria história.
Na caso da escola de Mário, de educação integral, valorizam-se os pontos fortes de cada estudante e trabalha-se para melhorar e apoiar seu desenvolvimento. Os professores conhecem as necessidades de cada um e as potencializa, com a formação de lideranças estudantis e as tutorias. “[…] eu falto e o gestor vai lá e liga. A gente vê que a escola se importa com os alunos. Vejo hoje que eu sou importante para a escola”, revelou Mário, durante uma visita que fiz à escola. Concluiu dizendo: “agora eu tenho um projeto de vida!”.
A política educacional a qual vivenciamos há quatro anos, diuturnamente, consiste em melhorar a vida das pessoas pela educação, colocando o estudante como centro de todas ações. O depoimento de Mário que, atualmente, é membro do conselho de líderes e jovem protagonista de sua escola, nos dá a certeza de que vale a pena levantar a bandeira da educação, para ver a mudança essencial de pensamento de jovens e seguir acreditando que é possível, sim, um novo modelo de escola que resgate a esperança de centenas de milhares de maranhenses que precisam de educação pública de qualidade, comprometida com a formação de cidadãos criativos e partícipes da sociedade em que vivem.

Felipe Costa Camarão é professor, secretário de Estado da Educação, membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

DIAGNOSE - DICA DE SAÚDE - PARKINSON


Se não for tratada, a doença piora até a pessoa se tornar completamente inválida. O Parkinson pode levar à deterioração de todas as funções cerebrais e à morte prematura.
A maioria das pessoas responde bem aos medicamentos. A eficácia dos medicamentos em aliviar os sintomas e a duração desse efeito pode ser diferente em cada pessoa. Os efeitos colaterais dos medicamentos podem ser graves.
O que é Parkinson?
Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta principalmente o cérebro. Este é um dos principais e mais comuns distúrbios nervosos da terceira idade e é caracterizado, principalmente, por prejudicar a coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar. Não há formas de se prevenir o Parkinson.
Causas
As células nervosas usam uma substância química do cérebro chamada dopamina para ajudar a controlar os movimentos musculares. O Parkinson ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas lenta e progressivamente. Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do cérebro não podem enviar mensagens corretamente. Isso leva à perda da função muscular. O dano piora com o tempo.
A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida, mas os médicos acreditam que uma mistura de fatores possa estar envolvida:
·         Genética: mutações genéticas específicas podem estar envolvidas nas causas do Parkinson, mas estes casos são raros, acontecem geralmente com membros da família afetados pela doença de Parkinson. No entanto, algumas mutações genéticas parecem aumentar o risco de doença
·         Meio ambiente: a exposição a determinadas toxinas ou fatores ambientais podem aumentar o risco de doença de Parkinson no futuro, mas o risco é relativamente pequeno.
Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do Parkinson. Veja:
·         Idade: jovens adultos raramente apresentam a doença de Parkinson, pois ela é mais comum em pessoas na terceira idade. O risco do Parkinson aumenta com a idade. As pessoas costumam desenvolver a doença em torno de 60 anos de idade ou mais
·         Hereditariedade: Ter um parente próximo com a doença de Parkinson aumenta as chances de uma pessoa desenvolver a doença. No entanto, os riscos ainda são pequenos, a menos que a pessoa tenha muitos parentes que apresentem a doença
·         Gênero: homens são mais propensos a desenvolver a doença de Parkinson do que mulheres
·         Exposição a toxinas: exposição contínua a herbicidas e pesticidas pode colocar uma pessoa em um risco ligeiramente aumentado de doença de Parkinson.
Sintomas de Parkinson
O Parkinson pode afetar apenas um ou ambos os lados do corpo, e o grau de perda de funções causada pela doença pode variar dependendo do caso.
Os sintomas costumam ser suaves no início, incluindo:
·         Tremores
·         Lentidão dos movimentos
·         Rigidez muscular.
Mais para frente, conforme o quadro evolui, os sintomas mais significativos são:
·         Inclinação do corpo para frente
·         Passos mais curtos
·         Redução do movimento dos braços ao andar.
Além disso, o Parkinson avançado apresenta outros sintomas motores como:
·         Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
·         Tendência a babar
·         Dificuldade de engolir
·         Falta de expressão no rosto (aparência de máscara)
·         Dores musculares (mialgia)
·         Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira
·         Perda da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer pode se tornar mais difícil)
·         Tremores que desaparecem durante o movimento.
Também há a presença de sintomas não motores como:
·         Intestino preso e constipação
·         Pode piorar com o cansaço, excitação ou estresse
·         Voz para dentro, mais baixa e monótona
·         Ansiedade, estresse e tensão
·         Confusão
·         Demência
·         Depressão
·         Desmaios
·         Alucinações
·         Perda de memória.
Flutuação motora
Pacientes em tratamento do Parkinson pode apresentar a chamada flutuação motora, em que os sintomas oscilam conforme o efeito da medicação: tendo um ápice de melhora quando o medicamento faz efeito e depois uma queda desta sensação. Isso é causado quando o paciente toma doses muito altas de levodopa, um dos principais medicamentos contra o Parkinson.
Buscando ajuda médica
Procure um médico se você apresentar qualquer um dos sintomas descritos acima e que se encaixem com os de Parkinson. Busque ajuda médica, também, se os sintomas piorarem ou caso apareçam novos sintomas.
O especialista que você deve consultar é um neurologista.
Na consulta médica
Leve todas as suas dúvidas sobre a doença para o consultório médico e aproveite para sanar todas elas. Pergunte tudo ao médico e responda a todas as perguntas que ele lhe fizer de forma clara e objetiva.
Ajude-o também a confirmar o diagnóstico: descreva seus sintomas com detalhes.
Diagnóstico de Parkinson
Não existem exames disponíveis para diagnosticar Parkinson. Um neurologista irá diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente e na revisão de seus sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico.
O médico pode, ainda, solicitar alguns exames para descartar outras condições que possam estar causando os sintomas.
Além de exames, o médico pode lhe receitar carbidopa-levodopa, a medicação típica da doença de Parkinson. Melhoras significativas nos sintomas após o início de uso desta medicação, muitas vezes, pode confirmar o diagnóstico de Parkinson.
Às vezes é preciso tempo para diagnosticar a doença de Parkinson. Os médicos podem recomendar consultas de acompanhamento regulares com neurologistas especialistas em distúrbios do movimento para avaliar a condição do paciente e os sintomas ao longo do tempo para, só aí, poderem diagnosticar ou não a doença de Parkinson.
Tratamento de Parkinson
Não há cura conhecida para o Parkinson. O objetivo do tratamento é, prioritariamente, controlar os sintomas. Para isso, são usados basicamente medicamentos. Mas uma cirurgia pode ser necessária em alguns casos.
O médico também poderá recomendar mudanças no estilo de vida do paciente, especialmente a inclusão de exercício aeróbio contínuo no dia a dia da pessoa doente. Em alguns casos, a terapia física também será necessária para melhorar o senso de equilíbrio do paciente.
Medicamentos
Medicamentos podem ajudar a tratar problemas com o andar, movimentos e tremor, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro.
Ao longo do tempo, no entanto, os benefícios dos medicamentos frequentemente diminuem ou tornam-se menos consistentes, embora os sintomas geralmente possam continuar a ser razoavelmente bem controlados.
O médico pode prescrever derivados da levodopa, anticolinérgicos, amantadinas, entre outros.
É comum que aconteça a flutuação motora em pacientes que tomam levodopa, em que a intensidade dos sintomas varia ao longo do dia, conforme o pico de ação do medicamento. Normalmente isso pode ser controlado distribuindo melhor as doses ou fazendo associações medicamentosas.
Cirurgia
Com menor frequência, a cirurgia pode ser uma opção para pacientes com Parkinson severo que já não responda a muitos medicamentos. Essas cirurgias não curam o Parkinson, mas podem ajudar alguns pacientes:
·         Na estimulação cerebral profunda (DBS), o cirurgião implanta estimuladores elétricos em áreas específicas do cérebro para ajudar o movimento
·         Outro tipo de cirurgia destrói os tecidos cerebrais que causam os sintomas do Parkinson.
Medicamentos para Parkinson
Os medicamentos mais usados para o tratamento da doença de Parkinson são:
·         Carbidol
·          
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo/ Prognóstico
Se você foi diagnóstico com o Parkinson, você vai precisar trabalhar em conjunto com o a equipe médica para encontrar um plano de tratamento que oferece o maior alívio dos sintomas e com menos efeitos colaterais possíveis. Certas mudanças de estilo de vida também podem ajudar a fazer a vida com a doença de Parkinson mais fácil, a exemplo de:
·         Boa nutrição e saúde geral
·         Exercícios, mas ajustando o nível de atividade de acordo com os níveis flutuantes de energia
·         Períodos regulares de descanso e evitar o estresse
·         Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional
·         Corrimãos colocados em áreas comumente usadas na casa
·         Utensílios especiais para comer
Os assistentes sociais ou outros serviços de aconselhamento podem ajudar você a lidar com a doença e obter assistência (como onde encontrar serviços de comida em domicílio).
Complicações possíveis
A doença de Parkinson é muitas vezes acompanhada por alguns problemas adicionais, que podem ser tratáveis:
·         Dificuldade de memória, surgimento de problemas cognitivos, demências e dificuldades de raciocínio
·         Depressão e alterações emocionais
·         Você também pode experimentar outras alterações emocionais, como o medo, a ansiedade ou a perda de motivação. O médico pode dar-lhe medicamentos para tratar esses sintomas
·         Dificuldades com a deglutição
·         Problemas e distúrbios do sono
·         Problemas de bexiga
·         Prisão de ventre
·         Alterações da pressão arterial
·         Problemas de olfato
·         Fadiga excessiva e prostração
·         Dor. Muitas pessoas com doença de Parkinson experiência de dor, seja em áreas específicas de seus corpos ou em todo o corpo
·         Disfunção sexual
Prevenção
Infelizmente não existe como prevenir o aparecimento do Parkinson em pessoas predispostas a esta doença. No entanto sabe-se que pessoas com melhor condições físicas, principalmente condicionamento físico, são menos propensas a apresentar a doença e também apresentam melhor evolução.
Além disso, indivíduos com o hábito de tomar café parecem ter menos risco de apresentar o quadro.

Por Dr. Otávio Pinho Filho