Foi pouco. Muito pouco. Mas, ao
menos dessa vez, o Flamengo venceu. Com um futebol nada animador, o
Rubro-Negro conseguiu espantar a má fase que o deixou em situação delicada no
Campeonato Carioca e largou na Copa do Brasil com vitória por 1 a 0 sobre o Remo,
nesta quarta-feira, no Mangueirão, em Belém do Pará. Rafinha, em noite de
renascimento após série de atuações ruins, foi o herói, com um golaço em
jogada individual.
Com
Wallace e Hernane como caras novas, o Flamengo não demonstrou força ofensiva,
apesar do triunfo, e passou por apuros na defesa. Além de Rafinha, o jovem
Gabriel foi outro destaque da partida. Léo Moura, por sua vez, deixou o campo
lesionado. O Rubro-Negro encara agora o Duque de Caxias, sábado, às 16h (de
Brasília), em Moça Bonita, pela quinta rodada da Taça Rio. O próximo
compromisso do Remo é o clássico com o Paysandu, sábado, pela semifinal da
Taça Estado do Pará (segundo turno do Campeonato Paraense).Apesar da derrota,
o Remo, que sequer tem um lugar garantido na Série D do Brasileirão, deixou o
campo com um de seus objetivos conquistado: a realização do segundo jogo. Com
a vitória magra dos cariocas, as equipes voltam a se enfrentar no próximo dia
17, em local indefinido. O Fla jogará pelo empate. O vencedor do confronto
encara na segunda fase da competição Campinense, da Paraíba, ou Sampaio
Corrêa, do Maranhão, que duelam em Campina Grande, no dia 10.
FLA NÃO SE IMPÕE E REMO TEM A MELHOR CHANCE
Gramado
ruim. Futebol pior ainda. O que se viu no primeiro tempo no Mangueirão em
nada fez valer o ingresso pago pelo torcedor que foi apoiar Remo ou Flamengo
na estreia na Copa do Brasil (foram 20.493 pagantes, para uma renda de R$
967.465,00). Com duas alterações em relação ao time que perdeu para o Audax,
domingo, Wallace e Hernane nas vagas de Alex Silva e Nixon, o Rubro-Negro até
começou a partida dando indícios de que iria se impor em campo. Puro engano.
Quarenta e cinco minutos depois, foram os paraenses que ficaram mais próximos
do gol.
Marcando
no campo de ataque, o Flamengo teve três escanteios seguidos e uma boa chance
desperdiçada por Hernane antes dos cinco minutos. Qualquer sinal de
empolgação parou por aí. Boa chance desperdiçada por Berg, com o gol vazio,
após falha de Felipe, deixou claro que o Remo não estava em campo somente
para se defender.
A
condição ruim do gramado atrapalhava a qualidade do jogo, e os jogadores
erravam muitos passes. Em um deles, Val Barreto aproveitou vacilo de Amaral e
lançou Leonardo Cearense. O atacante aplicou um drible da vaca em Renato
Santos e, frente a frente com Felipe, encheu o pé para desperdiçar excelente
oportunidade. Do lado do Flamengo, toda e qualquer boa jogada saía dos pés de
Gabriel, incansável de um lado para o outro e ainda corajoso nos chutes de
longa distância. Para piorar, a equipe foi para o intervalo sem Léo Moura,
que deixou um campo com uma torção no tornozelo esquerdo. Sem opção para
posição no banco, Jorginho escalou Renato Abreu e deslocou Elias para
direita.
RAFINHA RENASCE E SALVA O FLAMENGO
Depois
de ver que o bicho não era tão feio como parecia no primeiro tempo, o Remo
voltou para segunda etapa mais ofensivo. Em jogadas de bola parada,
pressionou o Flamengo nos minutos iniciais. Entretanto, foi justamente quando
começou a acreditar que era possível vencer que o time paraense se descuidou
na defesa. Apagado até então, Rafinha recebeu aberto pela ponta esquerda, com
um drible deixou dois adversários para trás, invadiu a área e tocou de chapa,
com categoria, no canto esquerdo de Fabiano. Golaço, que Hernane tentou
“roubar” no meio do caminho (esticou a perna para escorar, não alcançou, e
ainda assim saiu para comemorar), mas que foi creditado ao camisa 11.
No
embalo do gol, o Flamengo se mandou para o ataque para tentar evitar a
partida de volta, no Rio de Janeiro. Precisava de mais um gol. Com o Remo em
busca do empate, os espaços para os cariocas eram maiores. Faltou, no
entanto, eficiência na finalização. Após jogada de velocidade de João Paulo
pela esquerda, Gabriel desperdiçou boa chance na marca do pênalti. Minutos
depois, foi Rafinha quem apareceu bem pela direita e rolou para Rodolfo. Em
boa condição, o jovem pegou mal na bola e isolou. No Remo, Val Barreto, o
“Valotelli”, brigava quase que sozinho na base da força.
No fim,
a desorganização tomou conta do campo, e nem Flamengo, que buscava a vaga
direta, nem o Remo conseguiram o gol. Menos mal para o Rubro-Negro, que
contou com um lampejo de Rafinha para vencer. G1
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