LAVRA
(DOR)
A
mesma mão que aduba
Planta
multiplica,
Sangra,
fiscaliza,
Blasfema
e ora.
Igual
espaço antepõe-se
Entre
terras e donos distintos.
Ser
cruel precisa mais?
Mais
chumbo, choro, dizimação?
Antes
comum farta era,
Era
de sonhos distantes,
Passado
sem volta. Revolta!
É
mesmo o verde campo,
Folhas
se foram,
Metamorfoseando
o ciclo...
Somente
– em dor – apenas,
Em
mesmo corpo outrora transmutada,
A
mesma gana de Homem,
Uniu-se
a forme de bicho.
Lereno Nunes
DO LIVRO ANTOLOGIA POÉTICA DAS CIDADES
BRASILEIRAS
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