O SUICIDA
Contou-me Jorge Café,
pescador do Rio Mearim, que havia em Bacabal, um porto onde as lavadeiras se
reuniam para a labuta do dia a dia chamado “Por
Enquanto”. Entre tantas histórias e
estórias, uma é muito interessante. Disse-me ele, que havia um rapaz que
resolveu se suicidar e foi para o porto com um revolver, uma corda e um vidro
com veneno. Ao chegar, subiu na árvore que tinha na beira do rio e que dava
suas galhas para o leito, amarrou a corda, colocou no pescoço, tomou o vidrinho
de veneno, botou o revolver no ouvido e simultaneamente pulou e atirou. A bala
pegou na corda, a corda se partiu, ele caiu na água e como não sabia nadar,
começou a se afogar e se afogando bebeu muita água. Algumas pessoas pularam no
rio, tiraram o suicida, o botaram de cabeça para baixo e ele vomitou toda a água
que bebeu, incluindo o veneno.
Do novo Livro de Zé Lopes ainda inédito
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