Por Sérgio Mathias
O número de casos de suicídio como o de Wilson
César registrado por volta das 6h30 da manhã de ontem (28) tem crescido em
nossa cidade e região.
Viciado em bebida alcoólica, esse jovem
de 34 anos que aparece na foto ao lado, era proprietário de um pequeno comércio
no Bairro Trizidela e pai de uma criança. Ele perdeu a vida ao se jogar da
ponte metálica sobre o Rio Mearim. A princípio, se cogitou a possibilidade
da morte ter ocorrido acidentalmente em virtude do baixo nível d'água, o que
teria feito com que sua cabeça se chocasse violentamente com a areia.
Entretanto, segundo depoimento de um senhor que testemunhou o fato, antes de
saltar, Wilson deixou claro que seu intuito era mesmo dá cabo da própria vida.
Minutos após tomar
conhecimento da tragédia, familiares e amigos da vítima deram inicio as buscas
pelo corpo que só foi encontrado cerca de 5 horas depois, à alguns metros da
ponte onde Wilson César havia saltado e morrido instantaneamente ao quebrar o
pescoço.
Há menos de uma semana a jovem Walkíria
Mochel, 21 anos, aluna do 3º período do curso de Farmácia da Faculdade de
Educação de Bacabal também recorreu ao suicídio. Ela era casada e teria ingerido
substância venenosa que lhe levou a óbito.
Segundo números da Organização Mundial
da Saúde, a cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas morrem em todo mundo
por suicídios, um crescimento de 60% nos últimos 45 anos.
Ainda segundo esse levantamento da OMS,
para cada caso consumado de suicídio há 20 tentativas.
Embora tradicionalmente o número de
suicídios seja maior entre idosos, verifica-se o aumento da incidência de
óbitos por esta causa entre os mais jovens.
A informação mais surpreendente,
entretanto, é que o suicídio é prevenível em 90% dos casos.
Foram analisados os históricos de
15.629 suicídios em diversas partes do mundo. De cada 10 casos analisados, 9
estavam relacionados a alguma patologia de ordem mental diagnosticável e tratável,
como transtornos de humor (depressão), transtornos relacionados ao uso de
substâncias, transtornos de personalidade, esquizofrenia etc. Ou seja, através
desse levantamento, foi possível estabelecer “inequivocamente, um elo entre
dois grupos de fenômenos: comportamento suicida e doença mental”.
O entendimento dos especialistas é o de
que a informação clara e objetiva pode salvar vidas, tal como já acontece em
campanhas de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, tabagismo,
câncer, doenças do coração, dengue etc.
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