Com a falência das
micaretas, com o cansaço da música baiana, com a descarnavalização dos grandes pólos e com a violência
desenfreada que assola as cidades brasileiras, está cada vez mais, anunciada a
volta dos carnavais de salão.
Uma pálida visão, mas
realista desse fato, é grande número de festivais de marchinhas, inclusive um
da Rede Globo, o que fomenta as músicas de salão e consequentemente os bailes
tradicionais.
Quem ganha com isso ,
além da população que quer brincar com segurança, conforto e tranqüilidade, são
as cidades interioranas, principalmente aquelas que ainda preservam algum clube
social.
O carnaval do Zé
Pereira, aquele em que as fantasias brilhavam entre os mascarados, as
colombinas, os pierrôs, os arlequins, os fofões, com confetes e serpentinas,
está afinando a sua orquestra e redecorando o repertório cheio de Amélia,
Aurora, Isabel Cristina, Ana e tantas outras musas do cancioneiro momesco.
Está de volta os desfiles de reis momos, de rainhas, de princesas, de musas, os concursos de fantasias, as visitas dos blocos. Está de volta o carnaval privado, com suas bandas com naipes de metais, tocando as velhas marchinhas e fazendo o povo rodar no salão.
A saudade do passado,
ou melhor, a necessidade do passado, está mexendo com o imaginário popular e os
foliões que se preparem, pois os clubes, estão para viver os velhos momentos em
um novo tempo. Pena que os clubes de bacabal não pertencem mais aos sócios. Mas
aí, é outra história.
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