Blog do Zé Lopes: DEPOIS, QUEM VAI ESCREVER E CONTAR A TUA HISTÓRIA, BACABAL

Chiquinho, Hidalgo, papete, joana dar'c, marcelo, Zé lopes e Morgana

Viajando em busca de um passado com tantos atores ainda presentes, desembarquei n’um Bacabal rico em histórias mas, muito pobre em historiadores. A pessoa do jornalista Abel Carvalho, arquivista e amante da cultura local, tem em seu baú, uma parte muito considerável dessa história, documentos fundamentais da vida desta cidade como livros, escritos, fotos, músicas, revistas, jornais, panfletos, folhetos, cartazes, vídeos, entrevistas, relatos e outros tipos mais de arquivos de valores incalculáveis.

Abel Carvalho

Cada velho que nos deixa, leva consigo histórias que deveriam ser escritas, eu e o Abel, por exemplo, temos essa responsabilidade, e preocupação, pois temos no corpo e na alma, a nodoa deixada pela ausente bacaba, que com o resto do suco que ficou no fundo da cuia de cujuba, fizemos tinta para borrar em uma folha de papel, pedaços de uma cidade que espera doente, a chegada dos seus cem anos..

Perdemos tanta gente importante. Das que conheci seu Assaí, seu Fabrício, seu Luis Mário, seu Tunico Eno, seu Lídio, seu Neco Cutrim, Telê, Queleu, Zé Arnaldo, seu Edilson e outros tantos que conversei, ultimamente perdemos Bulão e Raimundo Sérgio, donos de um acervo memorável, muita coisa escrita, muitas não.

R. Cavalcante

O poeta Raimundo Cavalcante, por exemplo, tem escrito um livro com toda a história de Bacabal, contendo fotos de seus ilustres, mapas, hinos. É um verdadeiro guia didático que poderia ser muito bem editado e adotado nos colégios municipais.

Capa do Livro de Zé lopes

Eu, Zé Lopes, concorrendo com mais de cem escritores, ganhei o concurso e recebi o Premio Gonçalves Dias de Literatura por “Bacabal – cenas de um capitulo passado”, livro de crônicas contando os fatos mais engraçados acontecidos em nossa cidade.

Nossos heróis estão envelhecendo, é inegável, todo vivo é mortal. Falta apoio e incentivo a novos escritores, a Academia Bacabalense de Letras não desempenha bem o seu papel, até porque, também, não tem apoio e a nossa rica história vai para o tumulo junto com quem a construiu.

Zeziim Trabulsi

É preciso mais do que Zé Lopes, Abel Carvalho, R. Cavalcante, Paulo Campos, Louremar e Sergio Mathias para guardar um pouco do que foi Bacabal, até porque, o que é, não merece nenhum tipo de registro. Zezim Trabulsi se foi e deixou um grande acervo, muitas coisas no seu arquivo. Mas com quem?

Paulo campos

Ainda temos Zé Jardim, Raimundim Rasteiro, Zé Bicudo, Sotero, Zeneide, Tchacathá, Durval, Zeca de Filuca, Zeneide, Pedro Neto, Osmar Noleto, Sulamy Chaves, Otávio Filho, Maninho da Trizidela, Pechincha, Aquiles, Zezico, Gramixó, Sambô, Auto Cutrim, Silas Duarte, Dió, Pascoal, todos cheios de histórias e eu como "bom bacabalense", vou fazendo a minha parte assim como poucos.

Depois de pesquisar bastante, pude ver que a nossa história não se confunde, mas se funde com o carnaval e é por isso que o nosso blog resolveu homenagear a todos esses gênios grisalhos que estão aí para contar a nossa história e continuar fazendo o nosso carnaval.