Um grupo de policiais militares ocupa,
desde a noite de quarta-feira (26), o estacionamento da Câmara Municipal de São
Luís. A ocupação aconteceu após assembleia geral feita pela categoria. Eles
exigem reajuste salarial de 12%, carga horária de 40 horas semanais, aplicação
do código de ética e livre promoção.
Em Caxias , Bacabal e em Imperatriz, os
policiais Militares também estão parados. O Comando da Polícia Militar do
Maranhão (PMMA) negou qualquer paralisação de atividades.
“Trata-se de uma briga política. Isso
não é para reivindicar melhorias salariais, já que o governo já as garantiu.
Esses que estão concentrados lá [na Câmara] são PMs de folga ou em afastamento
médico”, afirmou Coronel João Alfredo Soares de Quadro Nepomuceno,
subcomandante da PM.
Em nota enviada ontem pela a Secretaria
de Comunicação, o governo do Maranhão informou que o governo se reuniu nesta
quarta-feira (26) com os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros, com coronéis das corporações e efetivou mais 1.800 policiais
militares - a maior incorporação já realizada na PMMA, e que garantiu um pacote
de benefícios para os policiais. Entre as medidas, a aprovação de lei que
garante ao policial levar para a reserva a mesma remuneração da última patente,
mesmo que não fique por cinco anos em exercício no último posto.
O governo também antecipou em quase um
ano - de 2015 para novembro de 2014 - a tabela de subsídios constante do Plano
de Cargos e Carreiras. Além disso, há ainda o reajuste, em percentuais
diversos, de gratificações por exercício de função, cujos novos valores já
serão pagos a partir do mês que vem.
Por fim, disse que o movimento anunciado por um pequeno grupo de
policiais militares, na noite desta quarta-feira (26), não se justifica, pois
considera que tem cumprido rigorosamente, dentro da legalidade, com todos os
itens do acordo firmado com a categoria.
O comandante da Polícia Militar do
Maranhão, coronel Zanoni Porto falou, em entrevista à Rádio Mirante AM, sobre o
protesto dos policiais militares na Câmara de São Luís. Zanoni disse que o
movimento é isolado e ressaltou os ganhos já obtidos pela categoria.
“É um movimento isolado. Estamos
trabalhando com 90% do nosso efetivo e recebendo hoje mais 1.800 policiais
militares que estão indo para rua. Não existe nenhuma associação envolvida
nesse movimento, tanto que não passa de 30 militares que estão na ativa
aquartelados, lá tem parentes de militares e militares reformados, apenas para
fazer número para dar volume ao movimento”, disse.
O comandante classificou o movimento
como equivocado, e falou sobre os avanços obtidos pela categoria. “O movimento
é equivocado, a governadora assegurou um reajuste de 13% para este ano. Além dos
7% que estava assegurado no acordo firmado com a categoria em 2011, mais 6% em
novembro. Além disso, ficou definido que os militares, já no mês de abril,
terão um reajuste médio de 53% nas gratificações que estavam congeladas por
cerca de doze anos”, finalizou
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