Evento acontecerá hoje, sábado (26), no Viva Bairro de Fátima, a partir das 20h.
Um dos primeiros discos de grupos de bumba-meu-boi foi gravado em 1977.
O disco “Bumba-Meu-Boi de Pindaré” trazia a voz do seu cantador, o mestre Coxinho,
que imortalizou no imaginário dos maranhenses a cantiga “Urro do boi”. A toada
do mestre ganhou projeção nacional e foi adotada como hino do folclore
maranhense.
Para celebrar a memória de Coxinho, que completaria 104 anos em agosto,
o cantador Zequinha de Coxinho, filho do mestre, organiza há 15 anos o tributo
ao pai. O evento acontecerá hoje, sábado (26), a partir das 20h, na Praça da
Igreja, no Viva Bairro de Fátima.
“Como o dia 03 de abril (data de falecimento de Coxinho) foi no período
da Semana Santa, resolvemos transferir o tributo para o primeiro sábado
seguinte ao período da páscoa”, explicou Zequinha, organizador do evento.
A festa começa com o resgate histórico da biografia do mestre Coxinho e
apresentação do documentário produzido pelo comunicador José Raimundo
Rodrigues. Depois, os grupos convidados vão se apresentando. Participam do
encontro alguns cantadores da ilha, os grupos folclóricos Capricho do Bom Jesus
(sotaque de pindaré), o Boi da Matinha (sotaque de matraca), a Dança Portuguesa
Pioneiros de Portugal, a Companhia Folclórica Frutos da Raça e o cantor Roberto
Ricci.
“A festa só é feita com a colaboração dos grupos convidados. Todos os
anos, temos o apoio da Prefeitura em relação a som, banheiros químicos e
divulgação. Por isso, acreditamos que o tributo tem a mesma força e amizade que
meu pai teve em vida. Todos que participam trazem consigo essa memória amiga”,
completou.
VIDA DEDICADA À CULTURA - Coxinho nasceu em
24 de agosto de 1910, no lugarejo chamado Fazenda Nova, nas proximidades de
Lapela, considerada um dos maiores redutos de afrodescendentes no município de
Vitória do Mearim. Por mais de 30 anos dedicou sua vida ao Boi de Pindaré, que
fundou, juntamente com João Câncio, em 1960.
Coxinho morreu em 1991, aos 81 anos, ainda como amo principal do Boi de
Pindaré. O mestre é considerado uma das maiores vozes do Bumba-meu-Boi do
estado no sotaque de Pandeirão, e autor da toada ‘Urrou do Boi’, de 1972,
registrada em lei como o Hino Cultural e Folclórico do Maranhão.
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