A VIDA COMO ELA É
Sempre que tenho
oportunidade, gosto de repetir que o elo entre a vida e a morte é o mais
minúsculo possível e que deveríamos valorizar ao máximo nossos momentos,
"curtir", fazer o melhor que pudermos, viver mesmo! Intensamente!
Certa vez, acho que no Tv Fama (da RedeTv!), o cantor Leonardo, quando
perguntado sobre o neto que está para nascer, disse: "é muito melhor
chegar do que ir". E ir não presta não!
(Outra do Leonardo: "mulher não trai, mulher vinga". A gente tem de
convir que o cantor goiano é bem criativo em matéria de "tiradas". O
"bicho" é inteligente, de boa memória e de raciocínio rápido. Não é
fácil ganhar dele, não! Tremendo gozador, com respostas sutis na ponta da
língua, não se esquiva a nenhuma provocação. Que o diga o Faustão, do
Domingão).
Quando alguém "chega" para este mundo de meu Deus é um Deus nos
acuda! É um alvoroço só! Todo mundo agitado, coração batendo a mil por minuto!
O nascimento, convenhamos, é coisa de Deus mesmo. É algo inexplicável!
O ser humano é muito frágil quando nasce. Pode gritar, "berrar", só
não pode é levar aquelas "palmadas" de "boas vindas"
médicas, a lei, agora, não permite. Só consegue se comunicar pelos olhos,
esperneando ou chorando. E fica exigindo atenção 24 horas! E, destas maneiras,
reclama sem parar!
Minha mãe é de 15 de dezembro e meu pai, 1º de janeiro. O interessante, no
caso, é que comemorávamos (a família) ao mesmo tempo o fim de ano, o início do
outro e os aniversários dos dois, muito "regados" a leitão assado,
cabrito assado, doce de figo, de mamão, de cidra, de laranja, uma mesa farta e
festiva. Era uma festança de 2 semanas.
Misturávamos tudo: o Natal, o "reveillon", a missa do galo, aí o
foguetório (que não poderia faltar) saudando os novos tempos, com os
aniversários.
Os dois se foram, não temos mais aquelas festas, e o que é pior, nesta época
vem a lembrança daqueles tempos idos, porque não dizer "anos
dourados", e o que era só alegria vem num misto de tristeza,
"recheado" de melancolia e nostalgia. Mas, como no dizer do Zeca
Pagodinho, "deixa a vida me levar".
É assim que a gente deve fazer, e com "qualidade", como dizem por aí.
Mas, voltando ao Leonardo, a tristeza da ida de um ente querido é sempre
compensada com a chegada de outro. É a lei da natureza. E a chegada de uma nova
vida gera sempre aquela expectativa, aquela ansiedade e uma alegria incontida,
contagiante.
E como viver a vida é o mais importante, àqueles que estão chegando nossas
boas-vindas, tal qual o ano novo que se aproxima.
E que façam da vida o melhor proveito, dando o seu melhor (com naquela
musiquinha dos Titãs) e que venham vacinados contra os males que nos afligem.
Somente assim, a vida será bem melhor!
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