sábado, 19 de abril de 2014

TESTAMENTO NA ÍNTEGRA DO JUDAS APANHA QUIETO



TESTAMENTO DO JUDAS APANHA QUIETO

Peço bastante atenção
Pra vocês, nesse momento
Pois agora será lido
O famoso testamento
Do Judas “Apanha Quieto”
O melhor de Bacabal
Que vai morrer no cacete
No pontapé, no porrete
Aqui no bar de Lambal.

Tudo que ele deixou
Será entregue ao herdeiro
Não podendo haver recusa
Pois o texto é verdadeiro
Assinado e carimbado
Por competentes doutores
Marcelo e Guerreiro Junior
Nossos desembargadores
Que mandaram de avião
Essa grande relação
Atenção pros ganhadores..

Deixo para o Gaúcho
E também pro Luizão
Um livro de boas maneiras
Com excelente redação
Nesse português mais novo
Pra eles tratarem o povo
Com bem mais educação.

Pra Roberval e Maré
Vou deixar uma sinuca
Deixo arroz pra Nonatinho
Pra B de Bom uma peruca
Pra Sampaio uma mulher
Peixe pra Márcio Café
Pra Duca deixo um motor
Pra Garganta uma bainha
Pra Corró uma camisinha
De câmara de ar de trator.

Pro Leonardo Lacerda
Deixo cloro de primeira
Pra ele botar na água
Que sai de nossa torneira
Pra João Igor e pra Gilberto
Que tem posto na esqüina
Deixo muito dissolvente
Pra botar na gasolina
Já pra Baiano Cuxá
Pra sua foto prestar
Uma máquina novinha.

Já para o Zé Maranhão
Deixo uma conta sem saldo
Pra ele depositar
Dinheiro pro Zé Reinaldo
Já pro nosso amigo Masa
Uma cartela de Bingo
Pra ele enganar o povo
No pagode de domingo
Pra Dr. Bento Vieira
Um programa de TV
Pra Walcilena e seu Nona
Um prédio para poder
Botar a família linda
Com seus filhos que parecem
Três bonecões de Olinda.

Para o Grande Tchacathá
Deixo um belo violão
Pra ele tocar seresta
Na quinta, no Caipirão
Já pro grande Jota Erre
Deixo um redator certinho
Pra ele se defender
Dos ataques do Serginho
E para o Mestre Arquimedes
Que matemática ensina
Deixo uma luva nova
Pra ele brigar na Rosa
Com o repórter Cleber Lima.

Para Careca e Dodó
Deixo um leque, numa boa
Pra que nos dias de sol
Abanem Dr. Lisboa
Tendo o nosso Abel por perto
Com Junior e Dr. Rogério
Elijo e Nonato Chaves
Política é o critério
 Pra Randyson e pra Louremar
Me preparei pra deixar
Um manual bem escrito
Que ensina a escrever
E eles podem remeter
Ao blogueiro Cabo Brito.

Pro Mundinho Salazar
Deixo grana de montão
Pra ele comprar o Vanguarda
Pois já tem a União
Pra Hermano e pra Roberto
Deixo um belo sacolão
Pra botarem o dinheiro
Vindo do Nota na Mão
Para o Junior Alteredo
Como o filho mais caçula
Deixo uma conta ativa
E uma cadeira cativa
Pra beber no bar do Lula.

Para o Ronge vou deixar
Um curtume equipado
Um couro de boi bem seco
Muito grande e esticado
Que tenha como seu fim
Bem marcado e bem cortado
Fazer um belo calçado
Para os pés de Zé Jardim.

Para o Clécio vou deixar
Contrato com Beijo Quente
Pra tocar lá no Boteco
E enraivecer o cliente
Pro Cobra Grills eu indico
O Sambinha e Companhia
Pra tocar desafinado
E expulsar a freguesia
Já o Perboire Ribeiro
Com Marquinhos Maranhão
Paúla e Antônio Carlos,
Com seu pandeiro na mão
Formam o Maracangalha
Onde a Léa se espalha
E do grupo é tiete
O Ray Lima não se atreve
Mas Solrac sei que deve
Cem cervejas na Janete.

Deixo pra Jacson Leite
A camisa do Mengão
Deixo um litro de uísque
Para César, seu irmão
Que agora está em festa
Celebrando o bom momento
Pois completa trinta anos
Do seu belo casamento
Deixo para Osmar Noleto
Um pouco de paciência
Pra que ele não se irrite
Com a falta de audiência
Pra Paulo Campos, uma vaga
Na Cãmara Municipal
Pro Regis um controle de voz
Pra Klinger Santos um jornal
Pra que escreva tudo certo
E peça pra Zé Alberto
Cuidar bem de Bacabal.

Pra Dona Helena eu deixo
Um cofre com serial
Pra ela esconder a grana
Do seu marido, Lambal
Que pensa que tudo é flores
Mas se pegar nessa grana
Adeus aos fornecedores.
Pro Fazenda vou deixar
Um boné com alegria
Pra ele guardar dinheiro
Roubado da portaria
Das festas de povo bamba
Quem se lembra das tertulhas
Feitas no Asas do Samba?

Deixo para Hélio Santos
Um vigia na manhã
Um na tarde e um na noite
Bem bombado, igual Tarzan
Um cadeado potente
Uma corrente discreta
Pra trancar motocicleta
No pátio do Ciretran
Para Dr. Alexandre
Deixo clínica montada
Pra Evaldo Despachante
Deixo toda a papelada
Já para Tiago Santos
Vou rezar com muita fé
Vou pedir pra todo santo
Pra ver no Camaro Branco
Pelo menos, uma “muié”

Pra Pedro Neto eu deixo
Um som de carro também
Pra ele não desligar
Som do carro de ninguém
Pra Valbert deixo um hotel
Pra Zé do Efeito um canudo
Pra Gramixó, um binóculo
Pra vigiar Zé Bicudo
Pro senador João Alberto
Os votos pra João Marcelo
Pra Alberto Filho a certeza
De um Bacabal em farelo
Pra Osvaldinho, cerveja
Pra Roberto Costa, a cidade
Carlinho e Toinho Florêncio
Aviso de tempestade
Pra Jura Filho, um palanque
Muito belo, muito novo
Para ele aparecer
Se mostrar, se defender
Das mal falanças do povo.

Pro Coronel Eduardo
Uma Ypioca empalhada
Já para Coronel Ramos
Muita farra e mulherada
Pro Waltinho Carioca
Deixo um time sem zaga
Deixo para Emanuel Filho
Todo o São Luis Gonzaga
E ao povo de Bacabal
Deixo de bom coração
Os buracos pelas ruas
A saúde em combustão
Sem pecado, sem defeito
Zé Alberto pra prefeito
Candidato a reeleição.

Apanha Quieto




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