quarta-feira, 23 de julho de 2014

MORRE ARIANO SUASSUNA


Morreu na tarde desta quarta-feira (23) o escritor Ariano Suassuna. Suassuna passou mal em casa, na noite de segunda-feira (21), e foi levado ao hospital por volta das 20h, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Às 23h, terminou a cirurgia de emergência para a colocação de dois drenos, com o objetivo de controlar a pressão intracraniana provocada pelo AVC.
No ano passado, o escritor sofreu um infarto, e dois dias depois de receber alta, deu entrada novamente no hospital por causa de um aneurisma cerebral. Na última sexta-feira (18), Ariano Suassuna participou de uma aula-espetáculo, no Festival de Inverno de Garanhuns, no agreste pernambucano. 
O escritor, dramaturgo e poeta Ariano Suassuna, 87 anos, nasceu na Paraíba, mas mora no Recife. É autor de peças teatrais, como O Auto da Compadecida, e de romances, como A Pedra do Reino.
Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, na Paraíba, no dia 16 de junho de 1927. Dramaturgo, romancista e poeta, escreveu obras que se popularizaram ao serem adaptadas para o cinema e a televisão, como O Auto da Compadecida e Romance d’a Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.

Cresceu no sertão paraibano e, em 1942, mudou-se com a família para o Recife, onde concluiu os estudos secundários. Em 1946, iniciou a Faculdade de Direito e conheceu Hermilio Borba Filho, seu parceiro na criação do Teatro do Estudante de Pernambuco e do Teatro Popular do Nordeste.
Suas primeiras peças foram Uma Mulher Vestida de Sol, Cantam as Harpas de Sião, Os Homens de Barro, Torturas de um Coração, O Castigo da Soberba e O Rico Avarento. Após conciliar a carreira de escritor com a advocacia, resolveu abandonar esta última para se tornar professor na Universidade Federal de Pernambuco.

Idealizou o Movimento Armorial, que propôs a criação de arte erudita a partir de elementos da cultura popular nordestina, e teve obras traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

Ocupa cadeiras na Academia Pernambucana de Letras, na Academia Brasileira de Letras e na Academia Paraibana de Letras.

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