segunda-feira, 21 de julho de 2014

QUANDO TUDO É IMPORTANTE - BALANCETE DA COPA


Pois é! Chegamos, "finalmente", no final da Copa do Mundo 2014, no Brasil.
Confesso que fiquei entusiasmado, desmarquei compromissos e viagens para acompanhar todos os jogos da Copa em casa, sozinho, e consegui, com exceção de apenas um ou dois jogos.
Foi muito bom, cheguei a ponto de torcer para que demorasse a acabar, ao contrário de outros "eventos" tipo carnaval e quando há feriado prolongado (que não terminam nunca).
Foi inesquecível ver tantos estrangeiros elogiando nosso país, agradecendo o acolhimento, a hospedagem, e o bom tratamento dispensados.
A performance do Brasil não me surpreendeu. Quem acompanha o futebol no dia-a-dia sabe que não estávamos com aquela bola toda não. estávamos (e estamos) mal de jogadores e o treinador já aparentava cansaço, pouca disposição de levar o futebol de competição a sério, e, para piorar, seus auxiliares "comungavam" seu ritmo lento quase parando, ao contrário dos demais países-participantes que mostraram estar em busca da modernização e jogando defendendo para ganhar, com plano de jogo e tudo.
Na verdade, a comissão, e alguns jogadores, estavam mais preocupados em "faturar", abarrotar sua contas de mais reais e dólares, aproveitar o momento propício, oportunidade única, já que não são de ferro!
Nossos jogadores melhores (se é que são melhores, mesmo) jogam na Europa e nossos treinadores, querendo demonstrar "modernismo" de que estão por dentro do que acontece no futebol europeu, só convocam jogadores daquelas "plagas". Pura ilusão! Os jogadores de lá são tão cabeças de bagres quanto os daqui, só que um pouquinho mais preparados fisicamente.


É evidente que esta seleção do Felipão nada tem a ver com a "minha" seleção, aliás é de praxe, e de costume, que todo brasileiro que curte futebol e torce para algum clube tem a sua seleção (que nunca coincide com a dos treinadores de "ponta"). Isto porque não temos outros interesses, não somos movidos pelo dinheiro tentador, somos "treinadores" autênticos, (não empresários-quase-dono-do-clube), sem apadrinhamento, nem favorecimento, para este ou aquele jogador, sem se deixar levar pela amizade ou parentesco, ou pelo quem indica.
O pecado da seleção, mais especificamente do treinador e seus asseclas, é não ter planejamento, não ter estudo de como joga o adversário e suas particularidades, organização tática, treinamento de jogadas ensaiadas, fundamentos, aquilo que é primário, hoje, em matéria de futebol. E sem aquele oba-oba do já ganhou, que vai ser mamão com açúcar, dá para ganhar com os pés nas costas, estas coisas de quem vive no mundo da lua.
(A taça do mundo é nossa, com o brasileiro não há quem possa, sou brasileiro com muito orgulho e com muito amor. Cantorias que marcaram o grande momento da Copa do Mundo no Brasil).
O resultado de tanta euforia e tanto entusiasmo foi a responsabilidade descomunal "jogada" nas costas dos jogadores convocados pelo Felipão, não estavam à altura de vestir o manto verde e amarelo, não tinham "catiguria" suficiente para encarar a empreitada.
De quem é a culpa? De estarmos na entressafra, naquela fase de pouca ou nenhuma produção, foi isso. De poucos talentos no futebol brasileiro.
Quanto aos 7X1, foi mero detalhe (como diria o mestre Parreira, que um dia disse que gol é um mero detalhe).
Eu não tinha esperança de passarmos das oitavas, mas compreendo que 7X1 foi demais pro nosso visual. Passou da conta, como gosta de cantarolar por aí a dupla "Bruno e Marrone".
Mas os 7X1 serviu para mostrar que, ultimamente, não estamos com essa bola toda não, que esta "história" de país do futebol está indo pro brejo há muito tempo.
Não adianta chorar sobre o leite derramado, agora é hora de juntar os cacos, catar os gravetos e começar tudo de novo, passo a passo, sem pressa, para não desmoronar outra vez, como num dominó!
Que consigamos passar pelas Eliminatórias e não aprontar novo vexame na Rússia.
O balancete foi este!!!


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