Apesar
de gostar da dramaturgia brasileira, a forma como nossos atores e atrizes vivem
seus papéis, não gosto de ver, ou melhor, não vejo novelas.
Levado por um maio
em que passei as tardes em casa e com um junho/julho cheio de futebol, acabei
por, entre um jogo e outro, assistir alguns capítulos e o que deu para ver, foi
o excesso de “ridicularidades” , onde os autores foram além da linha dos seus
horizontes e se perderam com histórias absurdas, equivocadas, incompreensíveis,
fazendo com que a emissora antecipasse o fim do drama, o exemplo foi a novela
das seis “Além do horizonte” que durou pouco mais de dois meses.
Levado
pelo sucesso do capítulo final de "Amor à vida" escrita por Walcir Carrasco, onde teve o primeiro beijo
gay em novelas da Globo, Niko (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano), já dava
pra imaginar quais seriam as cenas da próxima novela.
O desfecho da novela foi comentado pelos protagonistas do primeiro beijo gay "Eu acho que
o Walcyr pegou todo mundo pelo amor. Acredito que a maioria se rendeu ao
casal", disse o ator Mateus Solano (Félix). Thiago Fragoso (Niko),
satisfeito com a cena e com toda a novela, elogiou o talento do colega. "O
Mateus é um gênio. A gente tem de reconhecer."
"Estou extasiado por saber que as
pessoas estão tendo essa reação. Tudo o que a gente busca como artista, pelo
menos para mim, é conseguir se comunicar com as pessoas no nível mais profundo,
provocar esse momento da catarse. Ainda estou meio anestesiado", completou
Fragoso.
Beijo Feminino na novela da Globo |
Baseado nesses comentários já se podia imaginar o que
viria na próxima novela, “Em família”, escrita por Manoel Carlos, e aproveitando a onda da diversidade (legal) , apesar de
ter dividido a opinião dos telespectadores, o romance entre Clara (Giovanna
Antonelli) e Marina (Tainá Müller) não empolgou e nem emplacou na novela da
Globo. “Em família” foi mais um fiasco, apesar de protagonizar cenas que vive a mais alta burguesia carioca, com suas arrastadas bossas, seus belos
apartamentos, suas mansardas e seus romances paralelos. A novela foi abreviada.
Confesso
que fiquei boquiaberto com o cenário de “Meu pedacinho de chão”, novela que
mistura histórias infantis, conto de fadas, literatura de cordel e personagens
de desenhos animados, uma pintura, uma verdadeira obra de arte, mas que, não
atingiu a audiência esperada e já está sendo finalizada.
Logo
depois vem “Geração Brasil”, uma novela sem sal, que mostra um reality show e
também explora a diversidade gay, não consegue atingir a meta, por isso, também,
com os dias contados.
Com a
onda da TV por assinatura, a Rede Globo passou a veicular na TV aberta, filmes
de baixa qualidade, enlatados, velharias, mesmices e o público cada vez mais se
dividiu, procurando outros canais, e até as suas produções semanais, foram
extintas. Atirando no escuro, a emissora resolveu, para salvar a noite,
repaginar o texto de “O rebu” e encenar com modernidade, isso para segurar o
público da nova “Império”, novela no modelo antigo, com uma morte no começo
e a trama se desenvolve no decorrer para o desfecho no último capitulo.
Pelo
menos, a produção buscou músicas de qualidade e no primeiro capítulo se ouviu
Cartola, Guilherme Lamonier, Elton John, Paul Mccartney e Bread. Ponto positivo
para o entretenimento, só que, mais uma vez, a diversidade gay tem vaga nessa
história na pessoa do ator Paulo Betty. Tirem as suas crianças da sala, a
novela das oito, que é exibida as nove, na rede Globo, vai começar.
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