A 2ª Promotoria de
Justiça Especializada na Defesa da Educação de São Luís ingressou, na última
quinta-feira (21) com uma Ação Civil Pública contra o Município de São Luís, na
qual requer a imediata retomada das aulas na rede municipal de ensino da
capital. Os professores paralisaram as atividades desde 22 de maio.
Na ação, a promotora de justiça Maria
Luciane Lisboa Belo ressalta que, apesar da mediação do Ministério Público, o
impasse permanece. A Prefeitura ofereceu reajuste de 3% a todo o funcionalismo
municipal (já aprovado pela Câmara Municipal), sem nenhum diferencial aos
profissionais da educação.
Além disso, a promotora de justiça
lembra que a greve foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.
“Da decretação da greve até a presente data foram transcorridos mais de 70 dias
de paralisação (contando o período de férias devidamente gozadas e
remuneradas), causando prejuízos incalculáveis aos alunos, tendo seus direitos
à educação cerceados, pois correm o risco de perda do ano letivo ou a supressão
de seus períodos de lazer, pela eventual necessidade de utilização de finais de
semana ou férias para a reposição das aulas perdidas”, afirmou Luciane Belo.
Na ação, o Ministério Público pede
que a Justiça determine, em medida Liminar, o reinício imediato das aulas na
rede municipal de educação infantil e nível fundamental, garantindo a oferta da
carga horária legal e a integralidade do conteúdo, além de observar o direito
de os alunos de estudarem próximo a suas residências ou serem servidos por
transporte escolar eficiente e seguro.
Em caso de descumprimento da decisão,
o Ministério Público pede que seja aplicada multa diária no valor de R$ 5 mil.
Além disso, foi solicitado prazo de 48 horas para que a Prefeitura de São Luís
comunique as providências adotadas, sob pena de responsabilizalção dos
administradores e de integrantes do corpo docente da rede municipal.
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