quarta-feira, 27 de agosto de 2014

VASCO SÓ EMPATA COM O ABC, E TORCIDA PEDE SAÍDA DE ADILSON

 
Vasco só empata com ABC e se complica


O Vasco, mais uma vez, decepcionou. Depois de empacar na vice-liderança da Série B, o time apenas empatou em 1 a 1 com o ABC, nesta terça-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, em São Januário. A paciência da arquibancada, com isso, se foi. O resultado irritou parte da torcida que, revoltada, pediu a saída do técnico Adilson Batista do clube.

A partida de volta entre as equipes será na próxima terça-feira, na Arena das Dunas, em Natal. O empate sem gols dá a vaga ao ABC. 1 a 1 leva a decisão para os pênaltis. Empates com placares acima de 1 a 1 dão a vaga ao Vasco.

Quem triunfar, obviamente, leva a classificação para as quartas de final. O ganhador do duelo enfrenta o vencedor de Cruzeiro x Santa Rita-AL.

O JOGO

O Vasco, logo na saída de bola, pareceu alheio à partida. Não deu nem tempo de se recolocar no jogo. Com um minutinho de partida, Somália recebeu a bola na ponta esquerda da grande área e, rápido, deu um toque para trás. João Paulo, de frente para o gol, deu um toque certeiro na bola, que morreu na rede, no canto esquerdo de Martín Silva. 1 a 0.

O revés precoce assustou o Vasco. O time, com quatro jogadores ofensivos, deu espaços no meio para que o ABC subisse ao ataque com voracidade. E por pouco o ABC não conseguiu ampliar. Aos sete minutos, Patrick obrigou Martín Silva a fazer bela defesa em cobrança de falta. Mas o uruguaio fez bela defesa.

A pressão do time potiguar era insistente. Sem dar chances de respiro ao Vasco, que tentava desafogar o jogo com um Douglas pouco inspirado, o ABC teve mais uma chance. Aos 14 minutos, Patrick avançou pela direita e cruzou para área. Denis Marques, sozinho, chutou de primeira e a bola passou rente à trave do Vasco. Da arquibancada, os gritos de desaprovação apareceram. O time de Adilson Batista tinha de ir ao ataque. E foi.

Com 18 minutos, Marlon cruzou da esquerda para o meio da área, Maxi Rodríguez ajeitou de cabeça e Guiñazu, esperto na área, tocou na saída do goleiro, mas a bola beijou o pé da trave esquerda. O Vasco, no entanto, se mostrava presente, freando ações do ABC.

E, aos 21 minutos, enfim, o empate. Douglas lançou bola para a área. Douglas Silva brigou de cabeça e a bola sobrou para Kleber. De esquerda, o Gladiador bateu cruzado e empatou a partida em São Januário. 1 a 1. Na comemoração, o atacante tirou a camisa e recebeu cartão amarelo.

O empate deixou a partida mais equilibrada, mas o Vasco, sem a tensão da torcida, relaxou um pouco mais e voltou a dar espaços. Aos 29 minutos, Somália aproveitou a linha de impedimento da defesa vascaína, recebeu belo lançamento e tocou de cabeça, de cobertura, assustando Martín Silva.

Com o jogo pegado, com direito a cartões amarelos distribuídos, o ritmo cessou um pouco e apenas Fabrício, aos 44 minutos, deu emoção à partida em bom chute de longe, mas espalmado por Gilvan sem grandes dificuldades.

Na volta para o segundo tempo, as equipes tiveram mais receio de se lançar ao ataque. Assim, o jogo ficou concentrado no meio de campo, com chances mais escassas. Adilson, então, resolveu mudar. Tirou Maxi Rodríguez, apagado e cansado, para a entrada de Thalles. Maior presença de área à equipe vascaína.

O time de Adilson Batista controlava o jogo, mas tinha dificuldades de criação. Com Thalles e Kleber em campo, o lema passou a ser bola na área. Mas a insistência de chuveirinho provou ser inoperante e nem mesmo resultou em um lance de perigo. Pior, dava espaços para contra-ataques, a arma única do ABC àquela altura.

Dennis Marques desperdiçou uma boa chance ao errar o passe para Lucio Flavio aos 28 minutos de jogo. Com 31 minutos, Lucio Flavio, de novo, foi lançado sozinho. Mas ele adiantou a bola e Martín Silva, atento, saiu para desarmá-lo por duas vezes e dar um chute para frente para delírio dos vascaínos presentes no estádio.

Mas os sustos continuaram. Aos 35 minutos, em falta cobrada na área, Lucio Flavio passou por trás da zaga e cabeceou no chão. Martín Silva, de novo, salvou o Vasco de sofrer o segundo gol em bela defesa. A arquibancada, então, explodiu de insatisfação.

Um coro pedindo a saída do técnico Adilson Batista foi facilmente ecoado por São Januário. Vaias, insatisfação. A torcida não se conformava com o empate diante do ABC, em casa. Os jogadores vascaínos, cansados, erravam passes fáceis. O adversário, retraído, tentava manter a vantagem e levá-la para casa.

Nervoso com o ambiente criado, o time do Vasco nada mais conseguiu. Fabrício, nervoso, reclamou demais por um pedido de cobrança de escanteio e acabou expulso pelo árbitro. Lucio Flavio, em seguida, também recebeu cartão vermelho por entrada em Guiñazu. Fim de jogo melancólico para a torcida do Vasco em casa. Sorte do ABC, que nada tem a ver com isso.

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