Comissão marca novo depoimento
após revelação de que Paulo Roberto Costa teria delatado esquema de pagamento
de propina a políticos
A
comissão já havia aprovado um requerimento de convocação de Costa e aproveitou
essa medida para efetivamente convocá-lo. O senador Vital do Rêgo informou,
ainda, ao final da reunião, ter tomado outras duas providências para apurar a
situação envolvendo as denúncias do ex-diretor da petroleira. A primeira medida
foi ter enviado ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori
Zavascki, e ao juiz federal Sérgio Moro, pedindo o compartilhamento dos dados
referentes ao acordo de delação premiada firmado com Costa. A segunda medida
foi pedir uma audiência com Zavascki para discutir o caso que, por envolver
parlamentares, deverá ser analisado pelo Supremo, caso sejam confirmados
indícios de envolvimento. Os integrantes da CPI mista querem o respaldo do
Supremo para a decisão de ter acesso à delação premiada.
O
presidente da CPI mista disse que precisa ouvir o mais rápido possível Paulo
Roberto Costa. Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ),
afirmou que o depoimento do ex-diretor de abastecimento, sem a conclusão de
todo o processo de delação premiada, pode por inócuo. "Ele pode vir aqui e
não falar nada", apontou Cunha. "É um gesto que o Congresso não pode
deixar de fazer", afirmou o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN).
Na
tarde desta quarta, a partir das 14h30, a CPI mista deve ouvir outro ex-diretor
internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, e os parlamentares podem aproveitar
a oportunidade para votar requerimentos.
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