Quando estudei a disciplina
"Estatística" é que tomei conhecimento de como é feita uma pesquisa,
a determinação e cálculo do desvio padrão e afins, e a gente chegava a alguma
conclusão mais matemática e mais autêntica.
Depois de um certo tempo, alguém, muito
inteligente e perspicaz, descobriu a pólvora: como utilizar a pesquisa no meio
político com o fim de induzir os indecisos e convencer os incautos e
desinformados, capazes de serem levados ao voto útil esperto, aquele que vota
somente em quem está na frente nas pesquisas.
É claro que a pesquisa pode ser honesta,
transparente e precisa, basta dividir em blocos uniformes o alvo a ser
pesquisado, de modo a refletir, fielmente, a realidade dos fatos.
Pesquisa, no fundo, é uma jogada de
marketing,nada mais é do que uma peça publicitária, dá visibilidade a quem está
nas primeiras posições.
Mas, voltando ao assunto em questão, se
quiserem manipular os dados basta ir direto ao ponto desejado, sabendo de
antemão que público-alvo deverá ser pesquisado e quais dados deverão sair dali!
Um pesquisador profissional já sabe
antecipadamente, ou tem a ideia do que realmente quer e deseja, e onde focar
seu objetivo, como e qual indivíduo deverá ser "instado" a responder
perguntas previamente selecionadas e que direcionam para a resposta desejada.
Sem citar o "instituto", certa vez em
Grão Mogol fui pesquisado e as perguntas eram dirigidas com o intuito exclusivo
de fazer vitorioso o Collor de Mello. Nos questionários, não tinha como negar e
rejeitar o alagoano, tudo era planejado astuciosamente no sentido de dar vazão
e consistência à candidatura do famigerado "caçador de
marajás".
Daí em diante passei a ver as pesquisas com a
máxima desconfiança, e, se perceber, analisar direitinho, poderá descobrirá a
intenção "subliminar" por debaixo dos panos. E note que as pesquisas
são encomendadas, se fossem totalmente isentas não deveriam ter interesses em
jogo, não deveriam ter patrocinador interessado no resultado.
Quem paga quer custo/benefício, não vai comprar
gato por lebre, o produto adquirido deve estar dentro de sua
expectativa,"satisfação garantida ou seu dinheiro de volta", um
ditado que vem a calhar.
Pense se tem lógica pesquisar 2.000 eleitores
num universo de 142 milhões (ou 102 municípios num universo de 5.570), com
todas as variáveis possíveis dentro do universo pesquisado?
Então, para concluir, não acredito em
pesquisas, acho um absurdo pesquisas eleitorais (que fazem a cabeça do eleitor
e o induzem ao erro), e penso ser uma excrescência, algo que só veio para
complicar e avacalhar com o processo eleitoral. A não ser que nosso povo fosse
mais esclarecido e soubesse votar (concordo com aquela declaração do Pelé de
que o povo não sabe votar).
Para finalizar, mesmo, se os políticos fossem
nosso maior problema estaria ótimo, nosso maior problema (crônico) é o eleitor
corrupto, que se deixa levar ao sabor das ondas, ao sabor de uma pequena
recompensa, que se deixa iludir facilmente pelas pesquisas encomendadas e que
não valoriza seu voto, que não visa o coletivo e sim, o seu umbigo, sua
individualidade, seu interesse particular.
Bom seria se não houvesse pesquisa nem eleitor
corrupto, o voto seria para quem realmente merecesse e fosse algo, definitivo e
exclusivo, pelo povo e para o povo. E que não houvesse político corrupto, e,
sim, uma pessoa com a intenção maior de servir à nação, ao estado e ao
município, sem almejar continuísmo, reeleição eterna, e ficar rico no fim do
mandato(s).
E que as pesquisas trouxessem coisas concretas
e não abstratas, sem conotação intereisseira, sem servir a um senhor qualquer.
Sonhar não custa nada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário