Quinta-feira, 23 de outubro,
completei mais um ano, o quinquagésimo primeiro da minha vida. Este depoimento
não tem nada de revolta, nem de raiva, muito menos de frustração, é um mero
aprendizado.
Notei que a cada ano mais
velho, até os trinta anos, os amigos lembravam, passavam mensagens, mandavam
cartões, faziam alarde. Quando se passa dos quarenta, a coisa vai caindo no
esquecimento. Eu por exemplo, no ano passado, tive a grata surpresa de receber
de surpresa em minha casa, a minha irmã, o meu cunhado e uma amiga, fizemos uma
festa maravilhosa, já esse ano, nem sequer uma ligaçãozinha.
Posso contar nos dedos das mãos
o numero pessoas que me ligaram, e posso dizer que sobrarão dedos. Apenas o meu
parceiro Paul Getty, meu outro parceiro Dr. Otávio Filho, o casal Sônia e Jamir
Lima, o cantor Marcos Garcia, meu primo Ezrael Nunes, meu amigão Coronel Marcos
Pimentel e minha ex-namorada Ana Lúcia e só.
Fiquei a me perguntar se
tudo isso era por causa das redes sociais, da internet e ao ver que as pessoas
que me felicitaram, não foram mais que quinze. E eu estou chegando perto da tão
falada melhor idade. Se agora está assim, imagina só na caduquice da melhor
idade.
Não sei quem foi esse
@#$%$#@ que inventou esse nome Melhor Idade quando você já está enxergando mal,
ouvindo mal, se arrastando em vez andar, pés sempre com meias e um monte de
outras mazelas que fazem dessa melhor idade, a pior, só de remédio, é uma
farmácia por dia.
Mesmo com toda essa falta de
lembrança, não fiquei um segundo triste. Logo cedo vi uma mensagem no blog do
meu amigo Cabo Brito, meu sobrinho Manu Lopes e meu amigo Piuí almoçaram comigo
e na tarde recebi a visita do meu parceiro Gilvan Mocidade.
Na sexta-feira, a senhora
Sônia, esposa do colunista e blogueiro Jamir Lima, organizou uma festinha que
durou dois dias, foi muito boa pois também comemorava o seu aniversário que
aconteceu no dia 21.
Agora me olhando no espelho,
abri os braços e perguntei para a minha imagem virtual. – O que está
acontecendo comigo, os amigos sumiram. E ela respondeu – Coisas da idade, meu
nêgo, coisas da idade.
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