Candidata do PT lamenta voz rouca, mas diz estar confiante para o segundo turno das eleições.
A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou na noite de ontem, que, a despeito das recentes pesquisas eleitorais mostrarem a possibilidade de vitória no primeiro turno, sua campanha está preparada para o segundo turno. "Nós estamos contando com o segundo turno", afirmou, antes de participar de caminhada no centro de São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
"Fizemos a campanha forte, agradeço a militância e o povo dedicado que me recebe, estou aqui muito feliz, mais uma vez nessa cidade que é uma das mais tecnológicas do Pais", disse, afirmando que estava rouca e com a voz comprometida nesta reta final de primeiro turno.
De acordo com a pesquisa Ibope desta quinta, a presidente ampliou sua vantagem em relação à principal adversária e chegou a 47% dos votos válidos - quando se excluem os brancos e nulos e os eleitores indecisos. Marina variou de 29% para 28%, e Aécio permaneceu com os 22% da pesquisa anterior.
Ao falar que conta com o segundo turno, a petista diz que daqui para a frente vai continuar lutando para apresentar as suas propostas, citando as áreas da educação, saúde, moradia com o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec. "Estamos preparados para enfrentar o primeiro e o segundo turno e não tenho preferência quanto ao adversário", disse, numa referência aos dois candidatos que disputam o segundo lugar na corrida presidencial, Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB)
Indagada sobre as ações judiciais que o PSDB está impetrando contra sua campanha, por suposto uso da máquina pública, a presidente ironizou: "É uma coisa interessante está história que aparece sempre que alguém corre o risco de perder a eleição, que é atribuir responsabilidade a outro." E defendeu a gestão petista, dizendo que de 2002, início do mandato de Lula, o Brasil reduziu o gasto do funcionalismo público federal de 4,8% para 4,2%.
Na seara da gestão do PT, Dilma disse ainda que o número de funcionários públicos foi reduzido, apesar da abertura de concursos públicos para professores e outras áreas, como saúde e segurança. "Mesmo assim, reduzimos o porcentual de gastos com relação ao PIB e os cargos de comissão são exercidos por apenas 23% (livre nomeação)", disse, atacando os adversários tucanos: "e eu não acredito que isso ocorra nos governos estaduais do PSDB."
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