E eis que o zodíaco em um passeio
guiado pelos signos, alinhou todos os astros em escorpião e logo em seu
primeiro momento, em um certo 23 de outubro, fez nascer para o mundo, Ivaldo
Pouso.
Entre rios, lagos, grutas,
pedras, areia, sotaques e folguedos, esse menino absorveu a cultura, a pura
arte de inspirar, expirar e respirar poesia, poesia essa que como vento,
invadiu a sua cidade natal , que hoje baila com a beleza de suas indias, toca com
as orquestras afinadas, canta com os amos inspirados e colore o mundo com suas
suas indumentárias, todas representadas em paetês e canutilhos pelo tradicional
Boi de Axixá.
Menino como outros meninos,
cresceu e, de visão aguda, vislumbrou um futuro, correu atrás e alcançou a
glória, e nessa corrida desenfreada pela maior conquista, foi recompensado com
o lugar mais alto do podium e recebeu das mãos da vida, um lindo troféu, que
exposto ao sol, refletiu para o mundo a sua luz e nem mesmo esse clarão ofuscante,
foi suficiente para não lhe deixar ver, que o maior e principal galardão da sua
vida, era detentora de outras luzes, não possuía a cor dourada, nem refletia ao
sol, mas refratava todo o calor humano que emanava, e ainda emana, desse
verdadeiro campeão. Esse troféu é a senhora Zélia, companheira de vida, esposa,
compartilhadora de todos os momentos, todas as alegrias, todas as frustrações,
todas as glórias.
Seu Ivaldo , dentro do seu
plano de trabalho, adotou Bacabal como sua terra e fez dela seu passeio
público, sua arma de vitória, sua religião e tantos outros adjetivos
qualificativos que vão além da gramática.
Ele chega hoje aos oitenta
anos, cheio de vida, cercado de amigos, lúcido, apreciador do que é bom. Ele é
pai de Jorge, Paulo, Concita, Diana, Sandra, Lilia, Daniel e Poliana, tem mais
27 netos e 9 bisnetos, é o que se sabe, e traz no livro imaginário da sua
existência, tantas histórias, que nem mesmo a própria história, seria capaz de
escrever, que como filmes, nem mesmo o laboratório do tempo seria capaz de
revelar.
E hoje é 23 de outubro de
2014, dia especial, dia em que o senhor Ivaldo terá que achar fôlego para
assoprar 80 velinhas, com a casa cheia, a cidade em festa. Seu ivaldo não é só retórica,
é presente e futuro, é a mais perfeita história que se eternizará nas páginas
de um livro e que será contada para todos os séculos e séculos sem fim.
Zé Lopes
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