Dilma e Lula voltam a criticar governo FH em comício no
Recife
A
presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, voltou a criticar o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante comício com o
ex-presidente Lula, no Recife, em Pernambuco. A petista chegou no fim da tarde
ao centro da capital e seguiu com milhares de militantes em carro aberto pelas
principais ruas e avenidas.
- Quando entregaram o
governo para Lula, entregaram, sim, uma herança maldita - disse a presidente,
após declarar amor aos pernambucanos.
Dilma acusou o
governo FH de não investir em programas sociais e ações como a construção de
escolas técnicas.
Lula também criticou
o presidente que o antecedeu.
- Lamento que um
ex-presidente, um sociólogo, não soubesse a história para dizer que nós votamos
em Dilma porque somos desinformados - disse Lula que ainda chamou o candida
Em Minas, Dilma diz que FHC 'bateu recorde de desemprego'
A
presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), retomou os ataques ao
governo dos PSDB, do candidato adversário Aécio Neves, e afirmou nesta
quarta-feira, 22, em Uberaba (MG), que o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB) bateu o recorde de desemprego em 2002. "Nós sabemos quem é
que no passado desempregou. Sabemos quem é que bateu o recorde de desemprego em
2002: o governo de Fernando Henrique Cardoso", disse ela em um rápido
comício após um passeio em carro aberto nas ruas central em Uberaba (MG).
Segundo ela, em 2002, o
Brasil superou 11 milhões de desempregados e só perdeu para a Índia naquele
ano, com 41 milhões de desempregados. Os ataques foram ainda direcionados ao
ex-presidente do Banco Central (BC) Arminio Fraga, "nomeado" ministro
da Fazenda por Aécio, caso seja eleito. "Está em jogo o salário mínimo que
o candidato dele a ministro da Fazenda acha alto demais", disse a
presidente sem nominá-los. As críticas aos governos tucanos e a comparação
entre as políticas econômicas adotadas pelo PT e PSDB têm sido a principal
estratégia da campanha de Dilma no 2º turno.
A presidente exaltou
as políticas sociais do governo federal, repetiu que muito tem de ser feito
pelo Brasil e pediu aos cerca de mil presentes que defenda as conquistas. Temos
de fazer muito mais pelo Brasil, educação, saúde e segurança. "Temos a
única política dos últimos anos de construção de habitação, que é o Minha Casa
Minha Vida. Vamos transformar e trazer desenvolvimento para Minas Gerais e
vamos à vitória no dia 26", disse. "Esta eleição virou",
encerrou ela, no breve comício na praça Zumbi dos Palmares.
A presidente lembrou
que a família da mãe dela viveu em Uberaba e fez questão de exaltar suas raízes
mineiras durante o evento. Na mesma cidade do Triângulo Mineiro, dez dias antes
do primeiro turno, Aécio disse que o Brasil teria o primeiro presidente mineiro
desde Juscelino Kubitschek. "Numa eleição a gente tem de voltar às raízes,
olhar de onde e de quem nós saímos e eu saí do berço mineiro, saí dessa terra
das Gerais", afirmou.
Ainda nesta quarta, a
presidente tem prevista agenda de campanha no Rio Janeiro, com uma caminhada
com mulheres em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
FHC convoca população para ato em favor de Aécio e contra a
'podridão no Brasil'
Um
movimento de apoio ao candidato Aécio Neves, nesta quarta-feira, 22, tenta
reavivar o sentimento das manifestações de junho para estimular o apoio ao
tucano. Segundo o PSDB, trata-se de um movimento suprapartidário e sem uma
organização central. "A organização é difusa", disse um assessor da
campanha. Membros do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
contudo, divulgaram vídeos conclamando a população para participar do ato e
pedindo voto para o candidato do PSDB. "Sou neto de nordestino,
tenho orgulho disso. Nós aqui de São Paulo precisamos estar juntos com vocês
todos, nós todos juntos em indignação contra essa podridão que está havendo no
Brasil", disse o ex-presidente em um dos vídeos.
A mobilização, que
busca copiar as manifestações do ano passado, está sendo feita principalmente
pelas redes sociais. A página do evento no Facebook conta 235 mil convidados e
14 mil confirmações. No Twitter, o engajamento é feito pela hashtag
#VemPraRuadia22, que tinha há pouco cerca de 300 menções.
O ato ocorre em meio
à queda do candidato do PSDB nas últimas pesquisas de intenção de voto, que
apontam para uma virada da presidente Dilma Rousseff, até então numericamente
atrás do tucano no 2º turno. A última pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta
indica que a presidente está ligeiramente à frente na disputa com 52% das
intenções de voto, contra 48% de Aécio. Tecnicamente, contudo, eles estão
empatados no limite da margem de erro que é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos.
Há atos previstos em
várias cidades, mas com destaque para concentrações em São Paulo, no Largo da
Batata; Brasília, na Esplanada dos Ministérios; Rio de Janeiro, na praia de
Copacabana; Recife, no Marco Zero; Belo Horizonte, na Praça da Estação;
Teresina, na Av. Dom Severino com Homero Castelo Branco; Fortaleza, no Espigão
Beira-Mar e Ribeirão Preto, na Praça Fiúsa.
Aécio gravou vídeos
que foram enviados pelo WhatsApp. Ele deve participar do ato em Belo Horizonte.
Outros tucanos também gravaram chamando para os eventos, como o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e o coordenador de campanha, vereador Andrea
Matarazzo. A página do Facebook também traz participações em vídeo de famosos
conclamando a participação, como Juca Chaves, Fafá de Belém e Sandra de Sá.
Além do nome
"Vem pra Rua" em alusão às manifestações de junho, os locais
escolhidos tentam recriar a atmosfera dos protestos que levaram à queda mais
expressiva da popularidade de Dilma Rousseff (PT) ao longo de sua gestão. Entre
os locais mais simbólicos estão o Largo da Batata, na capital paulista, e a
Esplanada dos Ministérios, na capital federal. As postagens fazem referências
ao sentimento de indignação e trazem menções como do gigante levantando, que
foi também um símbolo de junho de 2013.
"Nesta
quarta-feira, a partir das 19h, o Brasil inteiro vai estar mobilizado pela
mudança", diz Aécio em um dos vídeos. "Sou neto de nordestino, tenho
orgulho disso. Nós aqui de São Paulo precisamos estar juntos com vocês todos,
nós todos juntos em indignação contra essa podridão que está havendo no Brasil.
É hora de protestar, votarmos juntos em Aécio 45", diz Fernando Henrique
em uma das gravações. Em outro vídeo, o ex-presidente chama para união de
diferentes classes sociais, repetindo a mensagem de "indignação":
"Todos queremos mostrar agora indignação. O que está acontecendo no Brasil
não dá mais para suportar. Temos que ser firme, temos que ter coragem. Dia 22,
às 19h, todos nós, juntos, ricos, pobres, classe média, tudo junto em favor do
Brasil".
Um dos coordenadores da
campanha de Aécio Neves, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, disse que
o ato nesta noite no Largo da Batata, em São Paulo, "é um movimento cívico
em defesa do Brasil" e deve reunir, além de militantes e simpatizantes da
campanha tucana, artistas e jogadores. "O Ronaldo fenômeno acaba de me
ligar e disse que vai estar presente", relatou Paulinho ao Broadcast
Político.
O senador suplente de
José Serra, José Aníbal, que também está na coordenação dos eventos da campanha
tucana nos dias que antecedem o segundo turno, afirmou que a expectativa é
reunir milhares de pessoas. Além do evento da noite, Aníbal afirmou que outros estão
sendo realizados durante todo o dia na capital, como o bandeiraço na Praça do
Forró, na zona leste, e o evento de mulheres tucanas em várias cidades do País.
Organizado pela
presidente nacional do PSDB Mulher, Solange Jurema, os atos devem se contrapor
às críticas feitas pela campanha petista de que Aécio não trata bem as
mulheres. Segundo Solange, nesta quarta-feira, as mulheres que apoiam a
candidatura do presidenciável tucano devem sair às ruas vestindo as cores da
bandeira nacional, em atos que terão a participação da população com sugestões
para a mudança do Brasil. Em São Paulo, os eventos acontecem em 20 cidades. Na
capital, o encontro será em frente à Secretaria de Educação do Estado, na Praça
da República, no início da tarde.
Apesar do engajamento
virtual, FHC pode não comparecer ao evento. Sua assessoria disse que a
participação ainda não está confirmada por motivo de agenda. Outros tucanos que
têm participado da campanha, o governador reeleito de São Paulo, Geraldo
Alckmin, e o senador eleito no Estado, José Serra, também não confirmaram
participação
PT e PSDB fazem pacto pelo fim da guerra judicial das campanhas
As campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seu adversário, Aécio Neves (PSDB), firmaram um acordo nesta quarta-feira para desistir de todas as representações ajuizadas até agora no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes à disputa presidencial deste ano. Na pauta de julgamentos desta quarta-feira havia 16 ações das duas candidaturas reclamando da conduta de seu oponente. Antes da sessão, a portas fechadas, os advogados das campanhas se reuniram com os ministros da corte e se comprometeram a abandonar as agressões mútuas na reta final das eleições.
PT e PSDB fazem pacto pelo fim da guerra judicial das campanhas
As campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e de seu adversário, Aécio Neves (PSDB), firmaram um acordo nesta quarta-feira para desistir de todas as representações ajuizadas até agora no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes à disputa presidencial deste ano. Na pauta de julgamentos desta quarta-feira havia 16 ações das duas candidaturas reclamando da conduta de seu oponente. Antes da sessão, a portas fechadas, os advogados das campanhas se reuniram com os ministros da corte e se comprometeram a abandonar as agressões mútuas na reta final das eleições.
— Queria, em nome do
TSE, dizer do imenso gesto para a democracia brasileira que as duas campanhas
demonstram nesse momento, se comprometendo a fazer campanhas propositivas e
programáticas. É um momento histórico dessa corte. Gostaria de parabenizar,
emocionado, pelo acordo formulado. Cumprimento as candidaturas pelo gesto, que
fortalece o Estado Democrático de Direito — afirmou o presidente do tribunal,
ministro José Antonio Dias Toffoli.
A sessão, que costuma
começar às 19h, atrasou mais de meia hora por conta dos acertos de bastidor. No
início da sessão, os advogados Arnaldo Versiani, de Dilma, e Carlos Caputo
Bastos, de Aécio, foram à tribuna do plenário para anunciar o pacto. O acordo
vale para ações já apresentadas. Nesses casos, as decisões já decididas,
liminares ou de plenário, ficam valendo. As que ainda não foram julgadas ficam
extintas. Se um dos partidos não cumprir o tratado a partir de amanhã, o
oponente poderá entrar com nova ação no TSE para reclamar da conduta do
candidato.
Como parte do acordo,
a campanha de Aécio poderá continuar exibindo inserções de rádio e de televisão
de quinta e de sexta-feira na qual Dilma elogia a gestão do tucano no governo
de Minas Gerais. A fala da presidente poderá ser exibida três vezes em cada
dia, totalizando seis inserções. Os dois partidos concordaram com esse ponto.
Na terça-feira, o TSE
começou a julgar a ação do PT que pedia a suspensão dessas inserções. A
discussão foi polêmica, com três ministros votando pela possibilidade de
veiculação do elogio e três opinando para que o trecho fosse suprimido do
horário eleitoral gratuito. Toffoli pediu vista e o julgamento seria retomado
hoje. Com o acordo firmado, a decisão não chegou a ser tomada pelo tribunal
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