A decisão da
Copa do Brasil vai mesmo começar com torcida única. Pouco depois de a Polícia
Militar decidir que o Cruzeiro teria direito a apenas 8% da carga de ingressos
no primeiro duelo, no estádio Independência, o clube celeste decidiu que
abriria mão das entradas.
Em nota, o
Cruzeiro reclamou do desrespeito ao Regulamento Geral de Competições da CBF e
ao Estatuto do Torcedor e avisou que não aceitaria ter apenas 8% dos ingressos.
O clube ainda alega não ter tempo suficiente para organizar a venda dos ingressos
disponibilizados.
"Diante
dos fatos apresentados com o descumprimento das normas do Regulamento Geral da
competição e do Estatuto do Torcedor, o Cruzeiro Esporte Clube não concorda em
aceitar uma cota menor da prevista além de não ter como formalizar uma operação
de venda dos ingressos em um prazo tão curto. A diretoria lamenta ainda que
nossa torcida não possa comparecer ao primeiro jogo da final devido às manobras
da diretoria do Atlético Mineiro", diz a nota oficial.
Todo o
problema se deu por conta da segurança. O Regulamento Geral de Competições da
CBF determina que 10% da carga do ingresso seja destinada à torcida visitante.
A polícia militar, porém, restringiu ainda mais o número por tirar lugares e
aumentar a distância entre as duas torcidas.
A
expectativa é de que o presidente cruzeirense, Gilvan Tavares, se pronuncie
oficialmente ainda hoje. Ainda não há definição do que ocorrerá na
partida de volta.
Veja a nota oficial publicada no site
do Cruzeiro:
O Cruzeiro Esporte Clube enviou no começo
da tarde de ontem, terça-feira um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
relatando os motivos que levaram o Clube a desistir de receber a cota oferecida
de ingressos a que tinha direito no primeiro jogo da final da Copa do Brasil,
marcado para esta quarta-feira, às 22h, no estádio Independência.
Hoje, às 10h50, o Cruzeiro Esporte Clube
foi surpreendido com um ofício do Atlético Mineiro alegando que apenas 1.871
ingressos seriam repassados ao clube visitante, diferente do que manda o Regulamento
Geral das Competições que determina um total de 10% da capacidade total do
estádio, ou seja, no caso do Independência 2.331 ingressos. O Cruzeiro contesta
ainda os prazos estipulados pelo Atlético Mineiro para que os ingressos
pudessem ser comprados pelo clube visitante e revendidos à nossa torcida.
Apesar do Estatuto do Torcedor prever um prazo de 72 horas para que essa
operação seja realizada, o Clube mandante da primeira partida pretendia que a
mesma fosse executada apenas a 30 horas do início do jogo.
Diante dos fatos apresentados com o
descumprimento das normas do Regulamento Geral da competição e do Estatuto do
Torcedor, o Cruzeiro Esporte Clube não concorda em aceitar uma cota menor da
prevista além de não ter como formalizar uma operação de venda dos ingressos em
um prazo tão curto.
A diretoria lamenta ainda que nossa
torcida não possa comparecer ao primeiro jogo da final devido às manobras da
diretoria do Atlético Mineiro.
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