O
ícone do reggae Bob Marley, um amante da maconha, reviverá 33 anos depois de
sua morte, graças a uma marca da erva que levará seu nome e será lançada em
2015, anunciou a família do artista nesta terça-feira.
A
"Marley Natural" é descrita como "uma das melhores marcas de
canabis, enraizada na vida e no legado do cantor jamaicano", disse a filha
mais velha do mítico cantor, Cedella Marley, em entrevista à emissora NBC.
A
venda no mercado deste novo produto ocorre no momento em que cada vez mais
estados americanos legalizam o consumo de canabis para fins médicos e até
recreativos.
"Parece
natural que meu pai seja associado a este produto", explicou Cedella
Marley, de 47 anos, à NBC, a primeira a anunciar o lançamento da "Marley
Natural".
Bob
Marley, que morreu de câncer em 1981, com 36 anos, considerava a canabis um
ingrediente essencial da fé rastafári e militou ativamente pela legalização da
erva.
A
lei federal americana proíbe o consumo diário, a venda e a posse de maconha,
mas os estados de Colorado (oeste) e Washington (noroeste) legalizaram seu uso.
Oregon,
Alasca e a capital federal, Washington, aprovaram sua legalização em referendo,
em 4 de novembro, enquanto o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo,
autorizou sua utilização em janeiro para fins medicinais.
O
prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, anunciou na semana passada que
as pessoas em posse de uma quantidade inferior a 25 gramas de canabis não serão
presas, embora vão continuar a pagar uma multa.
A
empresa Privateer Holdings, sediada em Seattle, no estado de Washington,
juntou-se à família de Marley para criar a "Marley Natural", que
deverá estar disponível no fim de 2015.
"Bob
Marley começou a militar pela legalização da canabis há mais de 50 anos. Nós
vamos ajudar a continuar esta ação", afirmou Brendan Kennedy, diretor
executivo da empresa.
"A
erva é feita para curar uma nação, a erva ajuda a meditação, a erva gera
melhores vibrações", prosseguiu Rohan Marley, outra filha do músico.
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