Em
meio às expectativas sobre as denúncias de envolvimento de políticos na
Operação Lava Jato, deputados instalaram no dia de ontem, a Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Petrobrás na Câmara. Os trabalhos devem ser presididos pelo
peemedebista Hugo Motta (PB) e a relatoria deve ficar com o ex-ministro da
Pesca e das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ).
Em
plenário lotado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando
a participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento
eleitoral das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato. Ele pediu a
destituição dos parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo
Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob
a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a
isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão
Motta e Luiz Sérgio. Valente aproveitou para registrar a candidatura à
presidência da CPI.
Parlamentares estão rebatendo o questionamento, alegando que as doações são
legais e que não se pode colocar em dúvida a postura dos deputados que as
receberam. "Não há doações que tenham sido feitas às escuras", disse
o líder do André Moura (SE). "A questão de ordem do deputado Ivan Valente
tem toda razão de ser", pontuou o líder do PPS Rubens Bueno (PR).
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que preside nesta tarde a
sessão de instalação da CPI, negou o questionamento feito pelo PSOL sobre a
permanência na comissão de deputados que receberam doações de empreiteiras
envolvidas na Lava Jato.
O PSOL avisou que vai
recorrer da decisão no plenário da Casa. Mais cedo, em plenário lotado, o deputado
Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a participação na comissão
de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras
implicadas na operação. Ele pediu a destituição dos parlamentares que tenham
recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia,
Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos
indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que
receberam recursos das empreiteiras estão o presidente do colegiado, o
peemedebista Hugo Motta (PB) e o relator, o ex-ministro da Pesca e das Relações
Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ). Valente aproveitou para registrar a
candidatura à presidência da CPI.
Ao
indeferir a questão de ordem de Valente sobre a destituição de membros da
comissão, Faria de Sá disse que os membros não foram autoindicados e que quem
concluir que deve se colocar em suspeição nas votações da CPI, deve se declarar
impedido. Durante as discussões, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar
(RJ), ainda insistiu na tese da destituição dos financiados pelas empreiteiras
citadas na Operação da Polícia Federal. "Quem contrata a orquestra,
escolhe a trilha sonora", comparou. O líder do PMDB, Leonardo Picciani
(RJ), disse que repudiava a tentativa de criminalização de doações legais.
Outros parlamentares também rechaçaram o questionamento. "Não há doações
que tenham sido feitas às escuras", disse o líder do PSC André Moura (SE).
"A questão de ordem do deputado Ivan Valente tem toda razão de ser",
pontuou o líder do PPS Rubens Bueno (PR). O deputado Silvio Costa (PSC-PE)
disse que a CPI já começa com a oposição sofrendo de "Ptfobia".
"Eles não aguentam escutar o nome PT", afirmo
O foco da CPI é
investigar as irregularidades na Petrobrás entre 2005 e 2015, denúncias de
superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil,
averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o objetivo
de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o afretamento de navios de
transporte, plataformas e sondas e apurar supostas irregularidades na operação
da companhia Sete Brasil e venda de ativos da Petrobrás na África.
A CPI tem 27
deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser
realizados em 120 dias.
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