A
oposição conseguiu coletar 186 assinaturas de deputados, incluindo parlamentares
da base aliada, e apresentou requerimento de criação de uma nova CPI da
Petrobras na Câmara. A intenção é continuar as investigações de desvios de
recursos da estatal, iniciadas em CPI mista no ano passado. Regimentalmente,
são necessárias pelo menos 171 assinaturas para a apresentação do pedido de
CPI.
Segundo o deputado
Otávio Leite (PSDB-RJ), o número de assinaturas foi alcançado com a ajuda de
deputados da base aliada, entre eles do PMDB, do PR, do PSD e do PDT, além de
parlamentares da oposição (PSDB, DEM, PSB, PPS e Solidariedade).
— O drama da
Petrobras é tão grave que sensibilizou deputados da base aliada, que nos
ajudaram a alcançar e ultrapassar o número mínimo exigido pelo regimento. Os
desmandos têm que ser apurados — disse Otávio Leite.
CPI Mista também nos
planos
A oposição continua
empenhada em coletar assinaturas também para a instalação de uma CPI mista da
Petrobras, mas não obteve ainda o número mínimo de 41 assinaturas de senadores.
Na Câmara, a meta era dar entrada no requerimento antes de outras CPIs que
propostas por deputados do PT e da base aliada. O regimento permite o
funcionamento de apenas cinco CPIs simultâneas. Caso um pedido chegue depois,
entra na fila.
A decisão de
instalação passa por um julgamento de admissibilidade formal por parte da
presidência da Casa, que analisa se comissão tem objeto para ser instalada e
obedece a ordem de chegada dos pedidos. Dois requerimentos de CPIs já foram
protocolados, restam apenas três vagas.
— Hoje foi o massacre
da serra elétrica: demitiram o Henrique Fontana (ex-líder do governo na
Câmara), vai ter reforma política e nós protocolamos agora a CPI da Petrobras —
resumiu o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), ex-líder tucano na Câmara.
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