O trio compôs sambas para a escola Turma do Quinto, e para os blocos tradicionais
Foliões, Brazinhas e Reis da Liberdade.
Consagrados como compositores e também como
cantores, Zé Lopes, Gilvan Mocidade e Walasse Godinho, há muitos anos vem
participando da elite do carnaval ludovicense.
Autores de sambas antológicos, o trio nunca tinha
se reunido para compor, apenas Zé Lopes e Gilvan Mocidade já tinham trabalhos
em parceria, como é o caso do samba vencedor em 2010, quando a
“Favela do Samba” conquistou com o bi-campeonato com o enredo “De bandeiras em
Bandeiras se fez Cesar Teixeira” levando a agremiação ao tetra-campeonato. “ Apesar de fazer sambas de enredo há muitos
anos, principalmente para as escolas de Bacabal, minha terra natal, o samba que
fizemos para Cesar Teixeira me lançou como compositor do gênero aqui na Ilha do
Amor, e daí, eu e o Gilvan Mocidade passamos a ser bastante procurados, tanto
pelas escolas como pelos blocos tradicionais”, diz Zé Lopes. Gilvan Mocidade e Zé Lopes, em 2011,
compuseram os sambas para os blocos tradicionais “Foliões” e “ Gladiadores”
Um dos grandes feitos, em
2012, Gilvan Mocidade e Zé Lopes, compuseram para a escola de samba carioca
Beija Flor de Nilópolis, “São Luis, um poema encantado do Maranhão” enredo que chegou até a semi-final. No mesmo
Carnaval, a dupla foi campeã na “Flor do Samba” com “São Luis, 400 anos”. “Sabíamos que ia ser muito difícil um samba
maranhense, feito por compositores desconhecidos da escola, arrebatar a
primeira colocação. Todos achavam o nosso samba o melhor, mas estávamos
disputando contra o filho de Neguinho da Beija Flor, puxador oficial da
escola”, lamenta Gilvan Mocidade.
Como diz o próprio Zé Lopes:
- dois sempre é melhor que um, e o
iluminado compositor Walasse Godinho se juntou a Zé Lopes e Gilvan Mocidade e o
resultado não podia ser outro, sambas de primeira qualidade para sacudir e dar
mais brilho ao carnaval de São Luis.
Godinho é bastante elogiado
por suas composições para blocos tradicionais e entre suas pérolas mais
conhecidas estão os sambas “Cristais das
águas” , “Horizonte de oriente”, “ Luarada”, “O teatro da vida”, “Pierrô de
aquarela”, “Ícones das Américas” e “O amor e o destino”. Ele é o único
artista maranhense que tem um CD com apenas sambas de bloco.
Godinho já se apresentou em
festivais internacionais em Hamilton, no Canadá, Argentina, Chile e França,
além de outras participações em várias capitais do país como: São Paulo, Rio de
Janeiro, Curitiba, Pernambuco, Brasília e Belém do Pará. “Fui convidado por Zé Lopes e por Gilvan Mocidade para fazermos o samba
enredo da “Turma do Quinto”, o que aceitei prontamente. Pegamos a sinopse,
estudamos por uma semana e sentamos para compor o samba. Fizemos o primeiro e
não gostamos. Passamos mais uns dias trabalhando a melodia e no final chegamos ao
que queríamos e o resultado foi o 1º lugar na disputa”, reitera Godinho.
O
trio não parou por aí, arregaçaram as mangas, queimaram pestanas e compuseram
para o bloco mais bonito do Brasil, Os Foliões, “Africanidade:
- guerreiros africanos em busca da liberdade”, um dos sambas
mais tocados nas rádios da capital. Os três também assinam o samba do Bloco
Tradicioinal Os Reis da Liberdade, “Baco, uma festa ebrifrisante”. Zé
Lopes e Gilvan Mocidade fizeram para o Bloco Tradicional “Os Brazinhas” o samba
que homenageia o maior estilista e carnavalesco maranhense, o saudoso Chico
Coimbra.
Zé Lopes, Gilvan e Godinho irão colaborar com a FUNC – Fundação Municipal de Cultura
como jurados de blocos alternativos e já se preparam para compor lindas toadas
para as brincadeiras juninas.
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