17
anos depois, o Brasil exorcizou o fantasma do Stade de France. E usando a mesma
arma de Zinedine Zidane, homem que afundou a seleção na final da Copa do Mundo
de 1998. Com direito a gol de cabeça muito parecido com o de "Zizou"
naquele Mundial, a equipe comandada por Dunga bateu a França por 3 a 1, de
virada, e manteve o treinador invicto desde seu retorno ao time: sete vitórias
em sete partidas.
Vitória
merecida, de um time que dominou os Bleus em plena casa do adversário e
construiu o triunfo com gols de Oscar, Neymar e Luiz Gustavo, este último com
uma cabeçada fatal, como as de Zidane na decisão de 98.
Para
os anfitriões, o zagueiro Varane abriu o placar também cabeceando um escanteio,
dando a impressão de que os fantasmas do Stade de France voltariam. No entanto,
a própria seleção brasileira tratou de exorcizá-los.
Essa
foi a primeira vez que a equipe verde e amarela venceu no campo do subúrbio de
Saint-Denis, nos subúrbios de Paris. Antes disso, a seleção havia enfrentado os
Bleus três vezes no local, com duas derrotas (uma delas a da final da Copa) e
um empate.
O
Brasil agora volta a campo no próximo domingo, às 11h (horário de Brasília),
quando encara o Chile, em Londres, novamente em duelo amistoso. A partida serve
como preparação para a Copa América, que começa no dia 14 de junho.
O jogo
Todos esperavam Fernandinho como titular do meio-campo da seleção, mas Dunga resolveu iniciar com Elias, do Corinthians, além de Roberto Firmino no ataque e Jefferson no gol. O Brasil, no entanto, iniciou a partida nervoso e quase viu a França abriu o placar logo aos 7 minutos, quando Benzema cabeceou escanteio a queima-roupa, para grande defesa do arqueiro botafoguense.
Todos esperavam Fernandinho como titular do meio-campo da seleção, mas Dunga resolveu iniciar com Elias, do Corinthians, além de Roberto Firmino no ataque e Jefferson no gol. O Brasil, no entanto, iniciou a partida nervoso e quase viu a França abriu o placar logo aos 7 minutos, quando Benzema cabeceou escanteio a queima-roupa, para grande defesa do arqueiro botafoguense.
Aos
poucos, a seleção foi se reencontrando em campo e criou boa chance aos 19,
quando Neymar recebeu pela direita em boa posição, mas finalizou fraco e parou
nas mãos do goleiro Mandanda. O castigo veio quase na sequência: após
escanteio, Varane ganhou de Miranda pelo alto e cabeceou no canto de Jefferson,
que, assim como Taffarel em 1998, nada pôde fazer.
Os
comandados de Dunga não se abateram e foram para cima, tentando igualar nas
tabelas rápidas. Na primeira que saiu certa, Roberto Firmino recebeu na entrada
da área e arriscou cruzado, para boa espalmada de Mandanda. Cinco minutos
depois, o próprio jogador do Hoffenhein enfiou ótima bola para Oscar, que
chegou batendo de bico, de perna esquerda, para igualar e levar a partida
empatada para o intervalo.
No
segundo tempo, Dunga voltou com a mesma formação e o Brasil seguiu dominando.
Aos 10 minutos, Luiz Gustavo ganhou no alto após escanteio e Thiago Silva por
muito pouco não conseguiu desviar para as redes. Mas o gol estava maduro, e
saiu na sequência.
Aos
11, Elias e Oscar recuperaram bola no meio-campo e abriram a jogada para
Willian. Com ótima visão de jogo, o meia do Chelsea achou Neymar completamente
livre na esquerda. Sem dar bola para o goleiro, o atacante do Barcelona enfiou
uma bomba de perna esquerda, no alto do gol, e calou o Stade de France com o
gol da virada.
Na
base do abafa, a França foi atrás do empate, tentando manter o tabu de nunca
ter perdido para o Brasil no estádio de Saint-Denis. E ele quase veio aos 14
minutos, quando Benzema apareceu totalmente livre nas costas de Filipe Luís
após cruzamento da esquerda e pegou de primeira, mas isolou por cima do gol - o
lance lembrou muito o gol de Thierry Henry nas quartas de final da Copa do
Mundo de 2006, quando os Bleus eliminaram a seleção brasileira de Carlos
Alberto Parreira na Alemanha.
Só
que a equipe verde e amarela era bastante superior, e achou o gol da
tranquilidade logo em seguida. Após Oscar dar ótimo chute colocado e o goleiro francês
mandar para escanteio, Willian cobrou escanteio na cabeça de Luiz Gustavo, que
foi no terceiro andar e, tal qual um verdadeiro "Zinedine Zidane",
testou firme para o fundo das redes e liquidou a fatura.
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