MÍDIA INTERNACIONAL VÊ 'CLASSE MÉDIA BRANCA' POR TRÁS DE
PROTESTOS ANTI-DILMA
Os
grandes protestos contra o governo realizados neste domingo em várias partes do
Brasil ganharam destaque na imprensa estrangeira nesta segunda-feira. Muitos
jornais enxergaram um "protagonismo da classe média branca" nas
manifestações.
"Centenas de
milhares de brasileiros predominantemente brancos e de classe média tomaram as
ruas ontem" para pedir o impeachment da presidente e, alguns, um golpe
militar, publicou o britânico The
Guardian.
Já o espanhol El País noticiou, na capa
do periódico, que "os protagonistas das marchas pertencem às classes
médias mais educadas". Foram,
segundo o jornal, "médicos, professores, advogados e estudantes bem
preparados e informados".
Na argentino Clarín, destacou-se que o
deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi "o único que levou grande
número de manifestantes que não são nem brancos nem ricos para a
manifestação".
O diário destacou,
porém, que Paulinho - líder da Força Sindical e um dos únicos a defender
abertamente o impeachment da presidente- foi hostilizado por manifestantes que
apenas "toleram" a camada social de trabalhadores representada por
este político.
Os jornais noticiaram
também a baixa popularidade da presidente e associaram o fato à crise econômica
e à operação Lava Jato, entre outros.
O New York Times seguiu esta
linha e destacou os desafios que o governo enfrenta com a "estagnação da
economia, um escândalo de corrupção e uma revolta de algumas das figuras mais
poderosas de sua coalizão".
No domingo, diversos
manifestantes protestaram com cartazes em inglês com o objetivo de obter
atenção da mídia internacional.
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