Em
pronunciamento na noite desta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff falou sobre os
protestos que reuniram milhares de pessoas na tarde de ontem em diversas
cidades do país.
A presidente lembrou
sua atuação na luta contra a Ditadura Militar e disse que, ao ver as
manifestações de ontem, sentiu que “valeu a pena lutar pela liberdade”.
Manifestantes que
foram às ruas neste domingo protestavam contra o governo. Alguns pediam o
impeachment da presidente e outros carregavam faixas a favor da intervenção
militar.
Dilma afirmou que
governa o país para todos, “sejam os que me elegeram, sejam os que não votaram
em mim, os que participam das manifestações e os que não participaram”, disse.
A presidente também criticou “aqueles que acreditam que tanto pior, melhor”, e
prometeu agir com diálogo.
Dilma aproveitou para
justificar mais uma vez as medidas de ajuste na economia, usando novamente o
argumento da crise mundial. “Vamos fazer os ajustes necessários,
dialogando com todos, com humildade e firmeza. Não tenham dúvida que esses
ajustes serão realizados na defesa de todos os brasileiros”, afirmou.
Ao final de seu
pronunciamento, Dilma lembrou sua atuação contra a Ditadura Militar de 1964.
“Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse enfim ir às ruas
para se expressar. Eu tenho a honra de ter participado da resistência à
ditadura. Ontem, quando eu vi centenas de milhares de cidadãos se manifestando,
não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade. Este país está
mais forte do que nunca”, disse a presidente.
GOVERNO FEDERAL COMETEU ERROS NO FIES
GOVERNO FEDERAL COMETEU ERROS NO FIES
A
presidente Dilma Rousseff reconheceu
também, que o governo cometeu um erro no Programa de Financiamento
Estudantil (Fies). De acordo com ela, o equívoco foi ter passado às
instituições privadas o controle das matrículas dos estudantes.
"(Nós) fizemos
um erro. O governo cometeu um erro e passou para o setor privado o controle dos
cursos (do Fies). Não fizemos isso com o ProUni e não fazemos isso com o Enem
nem com ninguém", declarou Dilma, em coletiva de imprensa após cerimônia
de sanção do Novo Código do Processo Civil (CPC). "Em vez de você (o
governo) controlar as matrículas, quem controlava as matrículas era o setor
privado. E este é um erro que cometemos. Detectamos, voltamos atrás e estamos
ajustando o programa."
No final do ano
passado, o governo publicou uma portaria com mudanças regras de acesso ao
fundo, que custeia bolsas com faculdades privadas. As modificações dificultam o
acesso de estudantes ao crédito estudantil.
Passa a haver, por
exemplo, a exigência de uma nota mínima para os futuros candidatos ao Fies,
assim como ocorre com os demais sistemas. O estudante precisará ter feito pelo
menos 450 pontos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para poder tentar uma
das vagas do programa.
De acordo com Dilma,
as matrículas antes eram feitas diretamente com as instituições. "Agora
vai ter de passar pelo governo. Não aceitamos mais que uma pessoa que tirava
zero em português tenha direito à bolsa. Vai ter de ter uma (nota)
mínima."
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