PAULO CÉSAR CAJU, DO
CRACASSO AO FRACASSO E A VOLTA POR CIMA
Nascido na favela da Cocheira, Paulo
Cézar Lima tinha o sonho de fazer sucesso no futebol e sair da miséria. Como a
favela onde fora criado ficava no bairro de Botafogo, nada era mais natural do
que ele fosse tentar a sorte no alvinegro de General Severiano. Foi revelado
pelo Botafogo e atuou pelo clube desde o fim dos anos 1960 ao início dos anos
1970. Em 1967, aos 18 anos, Paulo Cézar concretizou de vez seu sonho, ao
tornar-se jogador do time principal do Botafogo e participar de sua primeira
temporada no Glorioso. Foi apelidado de "Nariz de Ferro" e
"Urubu Feio".[carece de fontes] Seu futebol habilidoso e provocador
foi chamando a atenção do público futebolístico. Em pouco tempo, tornou-se
conhecido em seu estado natal. Ainda em 1967, Paulo Cézar foi convocado pela
primeira vez para a seleção brasileira. Foi campeão carioca em 1967, quando
marcou três GOLS no jogo decisivo, contra o America, e 1968, e da Taça Brasil
de 1968. O apelido caju, que tornou-se quase um sobrenome, surgiu quando
retornou dos Estados Unidos em 1968 com os cabelo pintados de vermelho. A
pintura de vermelho dos cabelos foi feita como forma de demonstrar seu apoio ao
movimento dos panteras negras, com o qual o jogador identificava-se
politicamente. Atuava na ponta-esquerda. Aos 21 anos de idade, disputou, como
reserva da seleção brasileira, a Copa do Mundo de 1970, no México. O técnico
Zagallo, a princípio, tentou encaixá-lo no time, mas depois percebeu que, com o
esquema que pretendia usar, os dois não poderiam jogar juntos. Na volta do
México, disse a uma emissora de televisão "Não queremos saber do Botafogo",
o que causou mal-estar no clube, mas foi contornado depois que o jogador disse
ter dado a declaração para livrar-se do repórter. Com a perda do título carioca
para o Fluminense em 1971, Paulo Cézar foi responsabilizado pela derrota e teve
que deixar o Botafogo. O motivo da discórdia foi uma jogada que fez em uma
partida realizada quando seu clube estava com boa vantagem na tabela, a poucos
jogos do fim: Paulo Cézar fez embaixadas diante de seus marcadores, o que foi
entendido como uma atitude de desprezo para com os demais adversários do
Botafogo, que até então aceitavam a superioridade do time. A partir daí, as
partidas tornaram-se bem mais difíceis, com o time alvinegro perdendo pontos
importantes, até finalmente ser superado pelo Fluminense, que se sagraria
campeão. Em 1972, Paulo Cézar transferiu-se para o Flamengo, time pelo qual
jogou até 1974. Na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, foi titular da seleção
brasileira. Mas só faria um contrato realmente bom quando foi vendido ao
Olympique de Marseille, da França, depois da Copa de 1974. "Sempre troquei
de time por interesses profissionais", disse à revista Placar, em 1979.
"E acho que deve ser assim mesmo, pois a carreira é curta. Hoje, minha
situação financeira é apenas razoável, ao contrário do que muitos podem pensar.
Contrato excepcional mesmo só fiz com o Olympique. Os outros foram apenas
bons.". Jogaria ainda pelo Fluminense, onde fez parte da lendária equipe
que ficou conhecida como Máquina Tricolor (em 1975), tendo sido bicampeão
carioca em 1975 e1976, semifinalista dos campeonatos brasileiros nestes anos e
conquistando vários torneios internacionais amistosos neste período. Teve uma
primeira passagem pelo Grêmio, entre 1978 e 1979. Saiu do clube gaúcho e passou
ainda por Vasco da Gama e Corinthians, que fez um apelo publicitário aos seus
torcedores para arrecadar dinheiro para a contratação. Retornou ao tricolor
gaúcho, onde foi campeão mundial da Copa Intercontinental em 1983. Em 1997, foi
a estrela de um documentário cinematográfico sobre sua vida, feito para
lançamento durante a fase promocional da Copa do Mundo de 1998, na França.
Embora as filmagens tenham se concentrado em mostrar dez dias de seu cotidiano
como ex-jogador sem que o mesmo prestasse qualquer depoimento ou entrevista
formal, houve algumas referências sobre sua bem-sucedida e polêmica carreira,
além de belas jogadas preservadas em arquivos diversos terem sido exibidas. Em
2005, foi homenageado pelo Botafogo, com o lançamento de uma camisa
comemorativa, com seu nome e o número 11 às costas. A partir de maio de 2008,
passou a escrever às terças-feiras para o Jornal da Tarde,8 onde prometeu
"soltar o verbo". (Wikipedia) Vendo a entrevista que Paulo César Caju
deu à Globo News, deu para quem não sabia conhecer a outra face de um dos maiores
craques de todos os tempos. Aquilo ali, descrito por ele, me lembrou um pouco o
Ditão, ex-Flamengo e ex-Cruzeiro, com quem convivi pessoalmente e conheci o
lado cruel reservado aos jogadores de futebol, que não se cuidaram e não se
precaveram ao longo dos tempos. Paulo César teve tudo na vida, ficou rico ao
migrar e defender vários clubes, inclusive europeus, mas, por descuido, mesmo
tendo tudo que alguém sonha, conheceu o lado mau da droga. Em seu depoimento,
ele disse que não fumava, não bebia, não tinha nenhum vício e só foi conhecer a
face perversa de "mergulhar" e entrar de cabeça no mundo dos dragas
praticamente depois de encerrou sua carreira no futebol. Conta ele que
"cheirou" três apartamentos na Lagoa (Rio de Janeiro), desfez de seus
troféus, inclusive uma miniatura da taça Jules Rimet, medalha de campeão do
mundo de 1970, mais de 100 Motorádios (prêmio dado ao melhor jogador da
partida), desfez de muitas coisas pessoais para "financiar" a
cocaína. Conheceu fundo do poço. Graças a alguns amigos e à cardiologista que
lhe fez a advertência de que do jeito que levava a vida iria morrer de infarto
fulminante ou avc, que, se não o matasse, iria deixá-lo inválido e numa cadeira
de rodas, ele resolveu, então, tomar outro rumo e largou de vez os vícios sem
precisar de tratamento, uma decisão tão marcante que hoje ele dá palestras de
auto-ajuda neste sentido, alertando aos jovens para não se aproximarem nem
experimentarem drogas, sob pena de se tornarem "indesejáveis",
pessoas de má companhia”
PAULO CÉSAR CAJU, DO
CRACASSO AO FRACASSO E A VOLTA POR CIMA Nascido na favela da Cocheira,
Paulo Cézar Lima tinha o sonho de fazer sucesso no futebol e sair da
miséria. Como a favela onde fora criado ficava no bairro de Botafogo,
nada era mais natural do que ele fosse tentar a sorte no alvinegro de
General Severiano. Foi revelado pelo Botafogo e atuou pelo clube desde o
fim dos anos 1960 ao início dos anos 1970. Em 1967, aos 18 anos, Paulo
Cézar concretizou de vez seu sonho, ao tornar-se jogador do time
principal do Botafogo e participar de sua primeira temporada no
Glorioso. Foi apelidado de "Nariz de Ferro" e "Urubu Feio".[carece de
fontes] Seu futebol habilidoso e provocador foi chamando a atenção do
público futebolístico. Em pouco tempo, tornou-se conhecido em seu estado
natal. Ainda em 1967, Paulo Cézar foi convocado pela primeira vez para a
seleção brasileira. Foi campeão carioca em 1967, quando marcou três
GOLS no jogo decisivo, contra o America, e 1968, e da Taça Brasil de
1968. O apelido caju, que tornou-se quase um sobrenome, surgiu quando
retornou dos Estados Unidos em 1968 com os cabelo pintados de vermelho. A
pintura de vermelho dos cabelos foi feita como forma de demonstrar seu
apoio ao movimento dos panteras negras, com o qual o jogador
identificava-se politicamente. Atuava na ponta-esquerda. Aos 21 anos de
idade, disputou, como reserva da seleção brasileira, a Copa do Mundo de
1970, no México. O técnico Zagallo, a princípio, tentou encaixá-lo no
time, mas depois percebeu que, com o esquema que pretendia usar, os dois
não poderiam jogar juntos. Na volta do México, disse a uma emissora de
televisão "Não queremos saber do Botafogo", o que causou mal-estar no
clube, mas foi contornado depois que o jogador disse ter dado a
declaração para livrar-se do repórter. Com a perda do título carioca
para o Fluminense em 1971, Paulo Cézar foi responsabilizado pela derrota
e teve que deixar o Botafogo. O motivo da discórdia foi uma jogada que
fez em uma partida realizada quando seu clube estava com boa vantagem na
tabela, a poucos jogos do fim: Paulo Cézar fez embaixadas diante de
seus marcadores, o que foi entendido como uma atitude de desprezo para
com os demais adversários do Botafogo, que até então aceitavam a
superioridade do time. A partir daí, as partidas tornaram-se bem mais
difíceis, com o time alvinegro perdendo pontos importantes, até
finalmente ser superado pelo Fluminense, que se sagraria campeão. Em
1972, Paulo Cézar transferiu-se para o Flamengo, time pelo qual jogou
até 1974. Na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, foi titular da seleção
brasileira. Mas só faria um contrato realmente bom quando foi vendido ao
Olympique de Marseille, da França, depois da Copa de 1974. "Sempre
troquei de time por interesses profissionais", disse à revista Placar,
em 1979. "E acho que deve ser assim mesmo, pois a carreira é curta.
Hoje, minha situação financeira é apenas razoável, ao contrário do que
muitos podem pensar. Contrato excepcional mesmo só fiz com o Olympique.
Os outros foram apenas bons.". Jogaria ainda pelo Fluminense, onde fez
parte da lendária equipe que ficou conhecida como Máquina Tricolor (em
1975), tendo sido bicampeão carioca em 1975 e1976, semifinalista dos
campeonatos brasileiros nestes anos e conquistando vários torneios
internacionais amistosos neste período. Teve uma primeira passagem pelo
Grêmio, entre 1978 e 1979. Saiu do clube gaúcho e passou ainda por Vasco
da Gama e Corinthians, que fez um apelo publicitário aos seus
torcedores para arrecadar dinheiro para a contratação. Retornou ao
tricolor gaúcho, onde foi campeão mundial da Copa Intercontinental em
1983. Em 1997, foi a estrela de um documentário cinematográfico sobre
sua vida, feito para lançamento durante a fase promocional da Copa do
Mundo de 1998, na França. Embora as filmagens tenham se concentrado em
mostrar dez dias de seu cotidiano como ex-jogador sem que o mesmo
prestasse qualquer depoimento ou entrevista formal, houve algumas
referências sobre sua bem-sucedida e polêmica carreira, além de belas
jogadas preservadas em arquivos diversos terem sido exibidas. Em 2005,
foi homenageado pelo Botafogo, com o lançamento de uma camisa
comemorativa, com seu nome e o número 11 às costas. A partir de maio de
2008, passou a escrever às terças-feiras para o Jornal da Tarde,8 onde
prometeu "soltar o verbo". (Wikipedia) Vendo a entrevista que Paulo
César Caju deu à Globo News, deu para quem não sabia conhecer a outra
face de um dos maiores craques de todos os tempos. Aquilo ali, descrito
por ele, me lembrou um pouco o Ditão, ex-Flamengo e ex-Cruzeiro, com
quem convivi pessoalmente e conheci o lado cruel reservado aos jogadores
de futebol, que não se cuidaram e não se precaveram ao longo dos
tempos. Paulo César teve tudo na vida, ficou rico ao migrar e defender
vários clubes, inclusive europeus, mas, por descuido, mesmo tendo tudo
que alguém sonha, conheceu o lado mau da droga. Em seu depoimento, ele
disse que não fumava, não bebia, não tinha nenhum vício e só foi
conhecer a face perversa de "mergulhar" e entrar de cabeça no mundo dos
dragas praticamente depois de encerrou sua carreira no futebol. Conta
ele que "cheirou" três apartamentos na Lagoa (Rio de Janeiro), desfez de
seus troféus, inclusive uma miniatura da taça Jules Rimet, medalha de
campeão do mundo de 1970, mais de 100 Motorádios (prêmio dado ao melhor
jogador da partida), desfez de muitas coisas pessoais para "financiar" a
cocaína. Conheceu fundo do poço. Graças a alguns amigos e à
cardiologista que lhe fez a advertência de que do jeito que levava a
vida iria morrer de infarto fulminante ou avc, que, se não o matasse,
iria deixá-lo inválido e numa cadeira de rodas, ele resolveu, então,
tomar outro rumo e largou de vez os vícios sem precisar de tratamento,
uma decisão tão marcante que hoje ele dá palestras de auto-ajuda neste
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drogas, sob pena de se tornarem "indesejáveis", pessoas de má companh
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