Nada mudou E, se mudou, foi para
pior Na posse de Dilma, escrevi aqui algumas palavras na esperança de que a
presidente fosse mudar, colocar o país em seu devido e respeitoso lugar. E me
enganei. Nada mudou (parecendo aquela música do Léo Jaime) ! Tudo continua como
antes. Os mesmos de sempre nos mesmos lugares.Os políticos são os mesmos de
vinte anos atrás (ou mais). Mudaram os nomes, mas o "modus operandi",
o método "fisiológico" de conseguir vantagens é aquele que conhecemos
de cor e salteado. Em certo ponto, "sofremos" um retrocesso, uma
inversão de valores, com o sigilo daquilo que deveria ser público (arquivos
históricos e licitações da Copa do Mundo) e do apetite exacerbado de nossos
políticos atuais. Uma mulher no poder, nova, sem vícios "politicos"
era tudo o que queríamos para dar um jeito e arrumar a bagunça generalizada. E
nela milhões depositaram sua expectativa de um dia melhor, melhores condições
de trabalho, educação como prioridade, segurança acima de tudo. Mas, nada! A
governabilidade "construída" pelos
"luminares"-profissionais da politica falou mais alto. Muitos cargos
tiveram que ser negociados, trocas e favores tiveram que ser pagos naquela já
manjada moeda de troca (para não dizer chantagem). Os aliados e sua base
comprada e embrulhada fizeram exigências, "botaram" as cartas na
mesa. É ministério, presidência de autarquia, cargos de comissão em bancos
estatais, tudo ali, leiloado, conforme os ditames dos manuais de coerção e
"convencimento" sem o menor pudor. Mas isto não é tudo, isto é, não é
tudo aquilo responsável pelo atraso do país. Tem muito mais coisa por trás.
Este modo de fazer política ostensiva e cruel, repartindo e dividindo tudo
entre os "apoiadores", causa esse enorme atraso em que vivemos:
aeroportos que não acolhem adequadamente seus usuários (com o mínimo de
conforto e assistência), uma educação que não forma ninguém (de modo
conveniente e profissional) para o mercado de trabalho moderno e exigente. Uma
segurança completamente inexistente, deixando a população à mercê de bandidos e
criminosos de toda a espécie. E uma legislação obsoleta que permite toda sorte
de recursos e protelações, onde vigora o "prende-e-solta", que dá
guarida a um sem número de habeas corpus preventivos, responsáveis por evitar
"botar" os "incomuns" na cadeia. Fora a tal
"progressão de pena", uma aberração jurídica criada com o fim de
diminuir a quantidade desumana de presos (mais que o dobro) em uma cela de
prisão. Uma constituição que "constitui" uma verdadeira colcha de
retalhos, inacabada e desobedecida. Um legislativo que não legisla, um
judiciário desacreditado, um executivo que exorbita de suas funções. Um país
que não respeita acordos internacionais, que abre suas fronteiras para o
tráfico e o contrabando, mas que não limita a entrada de capitais estrangeiros
adquirindo terras de interesse de nossa soberania, culminando na posse de
riquezas de interesse nacional e estratégicas. Um país onde seus principais
dirigentes procuram fazer leis para acobertar possíveis deslizes e
"neutralizar" qualquer possibilidade de um dia serem
"pegos" no "sobrepasso", no flagrante, serem condenados,
presos e irem para a cadeia. Lançam mão de tudo quanto é subterfúgio para
"conservar" mutretas e mumunhas no mais absoluto sigilo. Não querem
correr riscos. E, assim, sai um entra outro, tudo fica na mesma, do mesmo
jeito, mudam-se as cadeiras, tiram o sofá do lugar, mas conservam aquilo que
mais prezam: a impunidade geral e irrestrita. Para que os absurdos permaneçam e
muita gente enriqueça, procuram aumentar o número de estados, de novos
municípios e assim garantirem o curral eleitoral, seu futuro e de sua família e
apaniguados. Esta Lei de Gérson, de levar vantagem em tudo, está contaminando a
população. É fraude pra tudo quanto é lado, todo mundo dando seu jeitinho de
"arrumar" algum nem que seja passando alguém para trás: governo,
comércio, hospitais. Infelizmente, é assim que funciona (ou está funcionando) e
que nunca vai ter fim. Pelo menos, enquanto o brasileiro não aprender a votar
direito e a cultivar a honestidade e o caráter como base de tudo. Como diz um
amigo meu e um locutor de rádio: "esse país não tem jeito não".
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