Do Blog do Abel Carvalho
“Eu e o Fábio Câmara são os nomes definidos por Roseana”, diz Costa
Em diálogo com o editor do blog na manhã deste sábado (27), o deputado Roberto Costa afirmou que não há chance de o ex-secretário Ricardo Murad disputar a prefeitura de São Luís pelo PMDB. De acordo com Costa, a ex-governadora definiu que ele e o vereador Fábio Câmara são os dois únicos nomes avaliados pela cúpula do PMDB para concorrer a prefeito da capital no próximo ano.
“A
ex-governadora Roseana Sarney é a prioridade do partido, mas já manifestou que
não tem interesse. Por conta disso, ela [Roseana] definiu que dois nomes serão
analisados pelo PMDB, o meu e o do vereador Fábio Câmara. O Ricardo Murad está
ciente disso, o nome dele não está em discussão, imagino que ele irá mudar de
partido”, afirmou Costa.
Presidente
do Diretório Municipal do PMDB, Roberto Costa disse que Roseana Sarney quer uma
candidatura competitiva em São Luís.
“A
ex-governadora Roseana é a nossa candidata natural, mas ela já disse que não
pretende disputar a eleição do próximo ano. Neste caso, ficam o meu nome e do
vereador Fábio Câmara como alternativas do PMDB. É uma orientação dela, que
quer manter o partido forte”, reforçou Roberto Costa a este blog.
O
deputado revelou ainda que caso ele e Fábio Câmara não consigam se viabilizar
com chances reais de disputar a eleição, o PMDB pode fazer aliança com outros
partidos. “É uma possibilidade, mas só em último caso”, concluiu Costa.
Do Blog do John Cutrim
Roberto Costa: “questão Ricardo Murad está superada
Roberto Costa: “questão Ricardo Murad está superada
Por Clodoaldo Corrêa e Leandro Miranda
Em
entrevista exclusiva aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa, o presidente
municipal do PMDB, deputado estadual Roberto Costa (PMDB), falou sobre o futuro
da legenda que, nos últimos 30 anos, governou o Maranhão por 17 e passou mais
seis anos como aliado principal do governo. Hoje, na oposição, a sigla junta os
cacos para se reerguer já nas eleições municipais de 2016.
E é neste
contexto, que a direção da legenda em São Luís busca um caminho. Para o
dirigente peemedebista, o melhor é a candidatura de Roseana Sarney à prefeitura
da capital.
Segundo
Roberto Costa, o assunto Ricardo Murad está superado, ou seja, o ex-secretário
não deverá mesmo continuar na legenda. O parlamentar pontuou que a atuação da
bancada do partido na Assembleia Legislativa seguirá como uma oposição mais
branda, em contraste ao discurso da deputada Andrea Murad, que atua como
oposição mais “radical”.
Costa
elogiou a parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís e
garantiu que se não for possível a candidatura de Roseana, a legenda está
aberta a dialogar com todos os pré-candidatos.
Sobre o
seu futuro político para as eleições municipais, Roberto deixou a definição
para setembro, quando escolhe se continua como presidente do PMDB de São Luís
ou muda o domicílio eleitoral para Bacabal para concorrer à prefeitura do
município.
Muito se
fala em crise no PMDB, diferença de posições entre os deputados e brigas por
comando. Como está o posicionamento hoje do partido?
As
discussões que acontecem no PMDB eu vejo com naturalidade. É um embate de
ideias. Nós sabemos que um partido como o PMDB que, historicamente tem a
presença de várias cabeças pensantes, sempre teve divergência. Aqui no
Maranhão, após as eleições, houve essa discussão sobre o comportamento do
partido no cenário estadual. Claro que existem deputados e lideranças que
pensam diferentes de forma diferente umas das outras. Mas temos uma certeza:
mantemos a coerência política. Eu faço parte do PMDB desde a minha formação
política, fui presidente da Juventude, do diretório municipal, estadual, fiz
minha história dentro do PMDB. Por isso, fico tranquilo em falar em nome do
partido, que tem crescido dentro do Maranhão. Existe alguma saída, o que é natural
em todo o partido que perde o governo. Isso é histórico e não acontece só no
Maranhão. Aqui na Assembleia, o meu posicionamento é o mesmo da maioria dos
deputados. O deputado Max Barros e a deputada Nina Melo tem o mesmo pensamento.
Eu respeito a posição da deputada Andrea Murad de radicalizar em algum
discurso, o que é um direito dela. Mas a minha posição é muito coerente com a
dos meus companheiros de partido.
A
deputada Andrea Murad e o ex-secretário de saúde, Ricardo Murad, têm criticado
muito o fato do senhor não assumir a posição mais ferrenha de oposição ao
governo. Por que o senhor resolveu adotar esta postura mais branda?
Primeiro
que eu sigo a orientação e tenho conversado muito com os outros companheiros
nossos aqui no Legislativo. A posição que nós tomamos foi de fazer uma oposição
com responsabilidade. O que é oposição com responsabilidade? Levantamos contra
a questão do reajuste da Polícia Militar. Para nós, o que o governo estava
apresentando não era o que a categoria esperava. O que nós queremos é o
entendimento. O governo acerta em vários pontos e erra em outros. Agora, não é
preciso demonstrar os erros com radicalidade. Tratamos de forma tranquila. Inclusive
conversando com os líderes governistas: Rogério Cafeteira, Eduardo Braide,
Marco Aurélio e o próprio presidente Humberto Coutinho. Eles têm sido vozes
abertas ao diálogo. Então, o que for de interesse da população, vamos aprovar.
O que não for, vamos demonstrar, mas não é necessário usar da radicalidade. Eu
respeito quem usa, pois é um direito de cada deputado agir da forma que acha
que deve se posicionar. Agora, temos experiência de alguns mandatos e nos faz
refletir para termos uma posição que não nos faça perder o respeito pelas
autoridades. Nosso compromisso continua com o povo do Maranhão.
O partido
realizou há pouco mais de uma semana reunião com a presença da ex-governadora
Roseana Sarney. Após esta reunião, quais as diretrizes do PMDB para a eleição
de 2016?
A reunião
ratificou o que já estava estabelecido. O comando do partido continuará com o
Senador João Alberto, que tem as condições políticas e eleitorais. Não se faz
um favor em dar a direção do partido ao Senador João Alberto. Isto foi conquistado.
Hoje, ele fortalece a estrutura do partido em todos os municípios. E a
governadora Roseana entendeu que ele está muito bem na direção do partido e
continuará. No âmbito municipal, eu continuo como presidente. Na eleição de
agosto do diretório municipal serei novamente candidato à reeleição. Com
relação à eleição de 2016, eu defendo e acho que a melhor candidatura que
teríamos é da governadora Roseana para termos competitividade. Pelas obras que
ela fez dentro da cidade. Mas é uma discussão mais pra frente. A própria
governadora não quis assumir esta candidatura agora e disse que devemos avaliar
junto com os outros aliados a melhor candidatura com competitividade. Caso não
seja possível, vamos avaliar uma composição. A conjuntura política é que dirá a
qual candidatura o PMDB poderá se atrelar.
A
imprensa divulgou que na mesma reunião, a ex-governadora Roseana Sarney teria
“escanteado” tanto o suplente de senador Edinho Lobão como o ex-secretário
Ricardo Murad. Houve este direcionamento e qual o espaço destas figuras hoje no
partido?
O senador
lobão Filho é uma liderança que merece todo nosso respeito. Na eleição passada ele
assumiu uma missão de extrema dificuldade inclusive com sua saúde e ele teve a
coragem de assumir a responsabilidade naquele momento que precisávamos e ele
fez um papel formidável. Ele teve uma votação estrondosa pra quem começou como
ele começou. Ele deu vida naquele momento ao nosso grupo político. A questão do
deputado Ricardo Murad pra mim está superada. Não vejo mais o deputado como
problema dentro do partido. As acomodações vão acontecer a partir de agora de
forma muito natural, com a decisão do senador João Aberto à frente do diretório
estadual e a nossa continuidade no diretório municipal. Hoje defendemos a
candidatura da governadora Roseana. Se não for possível, vamos buscar um aliado
que represente acima de tudo um projeto que atenda os anseios da população de
São Luís.
Deputado,
o senhor deixou bem claro que defende a candidatura de Roseana Sarney a
prefeita de São Luís. Mas, com o nome da ex-governadora relacionado à Operação
Lava Jato, o senhor acredita que ela terá condições de concorrer em 2016?
Eu tenho
plena confiança na governadora Roseana. Acredito que no fechamento das
investigações o nome da governadora não constará em qualquer inquérito formado
em função da conclusão do trabalho de investigação. Tenho convicção que a
governadora não tem nada a ver com esta situação da Lava Jato.
Caso o
projeto Roseana candidata não se concretize, existem hoje duas pré-candidaturas
que polarizam o debate: a do prefeito Edivaldo e da deputada Eliziane Gama.
Qual destas o senhor acredita que tem maior possibilidade de aliança com o
PMDB?
A
primeira preocupação é a busca de candidatura própria. Isto representa o
sentimento maior do PMDB. Temos que buscar candidatura com viabilidade. Se não
encontrarmos, vamos fazer uma composição como fizemos em outras eleições. Eu
não faço veto a nenhuma candidatura. A deputada Eliziane foi companheira na
Assembleia. Tem uma história que a credencia a disputar o pleito em São Luís. O
prefeito Edivaldo começou a dar passos importantes com o apoio do governador
Flávio Dino e tem condições de melhorar a administração na infraestrutura da
cidade. Mas nossa discussão, trataremos a partir do ano que vem. Primeiro é
buscar a viabilidade. Depois, não havendo, buscar um caminho dentro de um
projeto que melhore a vida da população.
O senhor
falou da melhora da prefeitura com o apoio do governo do estado. Não faltou ao
prefeito Edivaldo este apoio nos dois primeiros anos de mandato?
Eu
participei diretamente do governo passado e acredito que as posições políticas
assumidas naquele momento fizeram com que não se chegasse a um projeto concreto
para as parcerias. O governo fez obras importantes em São Luís. Mesmo sem serem
parceria, fez diretamente. Fez a Via Expressa, a IV Centenário e obras de
asfaltamento em vários bairros. Agora, acontece que hoje o prefeito e o
governador têm a mesma linha política. Assim, ao invés de fazer diretamente
como nós fazíamos, o governador está passando ao prefeito o direito de
executar. Mas o apoio da governadora para a cidade de São Luís sempre
aconteceu. Só que o governador Flávio Dino resolveu estender a mão ao prefeito
e dar condições para que ele tenha condições de recuperar as vias que é
fundamental para a melhoria da imagem do prefeito junto à população.
Deputado,
o senhor foi por muitos anos um deputado governista. Como está hoje a sua
relação e a do partido com o governo?
Nós somos
oposição. Quem quis nos colocar na oposição foi a população, que elegeu o
governador Flávio Dino e nos elegeu para ser oposição. Agora, entendemos o
momento político que o Estado passa. Temos discutido vários pontos que
criticamos o governo Flávio Dino. Existem setores elogiáveis e existem pontos
críticos, como o da segurança, que precisa de uma reposta mais rápida. O
governador está fazendo algumas ações e precisamos saber se ao final do
processo vai dar a tranquilidade à população. E nós criticamos de uma tranquila
e equilibrada. Não vamos desrespeitar a autoridade pública. O que acharmos que
é importante vamos continuar aprovando, independente de patrulhamento. Eu não
me sigo em relação a patrulhamento. Sou muito transparente e converso
abertamente dentro do partido.
Seu
nome também é ventilado como possível candidato a prefeito de São Luís e de
Bacabal. Inclusive o senhor tem feito muitos discursos sobre Bacabal. Qual é o
seu destino para 2016?
Eu
fui o deputado mais votado de Bacabal e tenho muito carinho pela cidade e com a
população. Em São Luís, também meu nome tem sido colocado pelo partido para ficar
à disposição caso a governadora não seja candidata. Esta decisão, só tomaremos
no final de setembro. Nossa preocupação neste momento é continuar trabalhando
aqui na Assembleia em prol da população do Maranhão. Buscar benefícios para
Bacabal, que precisa do apoio do governo. Estamos cobrando do governador Flávio
Dino ações importantes para aquela população. Até porque o governador teve uma
votação estrondosa de mais de 70% dos bacabalenses e Bacabal espera muito dele.
É um dos pontos que temos cobrado. Em São Luís, aprovamos a parceria porque
temos compromisso com a cidade e o governo precisa corresponder às
expectativas. Vamos decidir em setembro em conversa com os companheiros, embora
eu tenha um carinho muito grande tanto por São Luís quanto por Bacabal.
Clodoaldo
Corrêa
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