O
deputado federal André Fufuca (PEN-MA) reagiu de forma enérgica em relação a
possibilidade de cortes nos programas sociais do Governo Federal. O relator do
Orçamento da União de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), anunciou um corte
de R$ 10 bilhões no programa Bolsa Família. Fufuca afirmou que o corte é
inadmissível. “Por muito tempo eu vi e apoiei a defesa incondicional dos
programas sociais que beneficiam milhões de pessoas pelo Brasil. Depois de tudo
isso, ensaiam um corte absurdo desses? Como parlamentar eu não admito tamanha
incoerência e vou lutar contra ela até o fim”.
Caso aconteça, o corte
irá representar uma diminuição de 35% no Bolsa Família. Os cortes podem atingir
ainda o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa já foi reduzido
pelo governo no pacote anunciado em setembro pelo ministro Joaquim Levy como
foram de reverter o rombo de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016 enviado ao
Congresso.
Para Fufuca os cortes
visam os mais pobres e deixam de lado setores que poderiam ser um alvo melhor.
“Quantas famílias pobres que recebem e precisam do Bolsa Família podem ser
sustentadas se forem feitos cortes em outros setores? Muitas! E nós devemos
encontrar estes setores e evitar ao máximo que o corte chegue nas famílias”,
disse Fufuca.
Os cortes nos programas
sociais começaram em setembro, quando Levy e Nelson Barbosa (Planejamento)
anunciaram a redução de despesas em R$ 26 bilhões, de um lado, e medidas para
gerar novas receitas no valor total de R$ 28,6 bilhões, incluindo a recriação da
CPMF. Na ocasião, o PAC (sem incluir o Minha Casa, Minha Vida) foi reduzido em
R$ 3,8 bilhões e ainda outros R$ 4,8 bilhões diretamente do programa Minha
Casa, Minha Vida.
O deputado maranhense
promete levar as discussões contra os cortes nos programas sociais até o fim.
“Estamos retrocedendo na economia, não podemos retroceder nos avanços sociais.
São milhões de pessoas que hoje vivem com o mínimo de dignidade que não podem
simplesmente ser abandonadas. Como deputado eu irei fazer o possível e o
impossível para impedir isso”, concluiu.
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