GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
Na prática, independentes do poder central, as leis são feitas
de acordo com as suas condições e pecularidades, e, o principal, com o dinheiro
destinado sob guarda e comando de quem de direito (diretoria, agência, ou coisa
parecida - com fiscalização permanente).
O gigantismo é amigo do peito da falta de controle, da perda de noção do que
está sendo feito e do que está por vir. O que aconteceu com a cidade-município
de Mariana, aquele mar de lama colossal saindo de seus "porões" mal
"enjambrado", "adentrando" o Rio Doce, cuja lama, invadindo
seu leito, vai arrasando, municípios por municípios, causando estragos e perdas
de vidas até chegar ao oceano. Quantos animais morreram e foram dizimados?!!!
Quantas árvores e plantações arrancadas do solo e foram destruídas rio
abaixo?!!!
Ficou bem evidente a omissão do estado, tanto estadual quanto federal, e até municipal, no controle do que se passa ao seu (nosso) redor, de sua extrema responsabilidade, de fiscalizar, acompanhar e tomar as providências cabíveis, se for o caso.
Neste nosso país tudo é muito centralizado, nada é delegado, e, as consequências desta forma de administrar politicamente, com agrado a partidos e aliados, gera a incerteza, a dúvida e o descalabro!
No caso de Mariana, faltou pulso do Estado para exigir o que é de obrigação destas empresas que "trabalham" na exploração do minério em nosso país. Obrigação com o meio ambiente e com a população próximas às barragens de destes dejetos de metais pesados, fatais para a vida animal e vegetal.
Aliás, este "pormenor" pode ser aplicado a tudo e a todas as missões dos órgãos governamentais, que, na maioria das vezes não saem de seu gabinete, "regado" a ar refrigerado, bem diferente do que se passa o campo! Esta falta de compromisso com a realidade, é a causa maior dos males que nos afligem.
Eu, acho, e, ninguém, também, sabia da existência destas "barragens" de contenção "oriundas" do beneficiamento do minério e que poderia ocasionar, caso rompessem, danos irreversíveis e irrecuperáveis como os que estamos presenciando.
Não se concebe um estado tão fora da realidade quanto o nosso! Ministérios em número exagerado, feitos de encomenda para "o toma lá dá cá" com partidos, resultando em despesas absurdas e desvios de verbas, além de abarrotar o executivo de funcionários improdutivos e caros, onerando a nação com altos impostos para sua manutenção.
É tanta indignação com os fatos atuais que a gente fica até sem condições de escrever a respeito.
Não é fácil, não!
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