terça-feira, 28 de junho de 2016

NEGUIM - POR LUIS EUFRÁSIO RIBEIRO FILHO



Bem-te-vi negro Zé, graúna dos palmeirais que a pipira preta de outro Zé sem canto beliscou. Rouxinol que é Rouxinol tem seu valor, assim o Anú sempre avisou. Oi, oi, oi
Em sua terra até Curió que muito canta pouco encanta, só o Bicudo de outro canto enganador. E como uma revoada de papa-capim, inocência de Curumim num psiu, aceno, arremedo ou assobio, pra quem nunca viu, um bando domado de pássaro, de gente, no chão se espatifou.
Corrupião. Curicas no milharal. Sabiá não canta mal, mas tu, agora dito, um Bizil do capinzal, dá teus pulos Neguim, a tua galha não quebrou.
E para sempre és para mim, um grande símbolo cultural, enfim, na cultura em Bacabal, alguém poderá ser até igual, nos nossos tempos e no alem.

Por Luis Eufrásio Ribeiro Filho
Para o majestoso poeta Zé Lopes

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