A
deputada Andrea Murad (PMDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa,
criticou a falta de transparência do governo no projeto (PL nº 177/2016) de
mais um empréstimo enviado para a Casa. Ela teve o pedido de vistas negado na
reunião da Comissão de Constituição e Justiça e votou contra o empréstimo de R$
14 milhões em retaliação à forma obscura do governo, que oculta informações
importantes como, por exemplo, o modo em que o recurso será aplicado.
“É completamente
absurdo aceitar um parecer desta comissão que não preza pela transparência, por
isso voto contra. Não pelas famílias rurais, jamais contra o desenvolvimento
agrário, mas pela forma arrogante com que o governador Flávio Dino vem tratando
os deputados desta casa, como se fôssemos meros coadjuvantes, empurrando goela
abaixo esses empréstimos em que sequer temos informações de como serão
aplicados na prática, intencionalmente para impedir e para dificultar a nossa
fiscalização”, disse a deputada.
A parlamentar também
teve seu requerimento (nº 435/2016) negado pela Mesa Diretora da Assembleia, a
quem requereu que fosse enviado um pedido de informações para o Secretário de
Saúde, Carlos Lula, sobre o funcionamento da regulação no hospital
macrorregional de Santa Inês, assim como o funcionamento da unidade desde a sua
inauguração, onde culminou na morte de um paciente encaminhado para unidade e
que foi recusado porque o sistema de regulação e o oxigênio ainda não
funcionavam.
“Os deputados não têm
direito de saber nada, absolutamente nada. Aí por isso que sempre entro na
justiça, porque hoje essa casa não serve pra nada, a não ser ficar de cócoras
para o governo. A verdade é essa. Isso é um verdadeiro absurdo. Como é que se
nega um requerimento de uma deputada que está fazendo um simples pedido de
informação para um secretário? Qual é o crime de pedir essas informações para o
secretário de saúde? Significa que indeferir um requerimento é uma retaliação
ao deputado? Se for, isso é vergonhoso compactuarem com isso. Até hoje me
pergunto se fomos eleitos para defender o povo ou para defender o governo. Essa
casa deixou de ser a casa do povo para ser a casa do governo. E depois não
adianta deputado dizer aqui que não é da base governista e agir como governo
aqui dentro desta casa”, discursou a deputada.
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