O governador Flávio
Dino (PCdoB) gritou, praguejou, esperneou, lamentou, atacou, mas não teve
jeito. Uma semana depois de ver ganhar as manchetes o pagamento por 18 meses
pelo aluguel de uma casa fechada, pertencente a um membro do PCdoB e
funcionário do seu governo, o comunista, enfim, deu sinais de recuo.
Por toda a manhã de
ontem, ele ainda tentou atacar adversários, forçando, inclusive, comparação com
alugueis de imóveis no governo anterior – como se dissesse: “Se eles podem, eu
posso” -, mas, à tarde, diante das reportagens cada vez mais incontestáveis,
foi obrigado a reconhecer que pode ter havido irregularidade no contrato.
“Vou analisar
juridicamente a situação de o cidadão ser empregado de uma empresa pública.
Friso: tal nomeação não passa por mim”, afirmou o governador, em um de seus
perfis nas redes sociais; e tendo o cuidado para eximir-se da responsabilidade.
No caso, e na
condição de ex-juiz federal, Flávio Dino nem precisaria recorrer a qualquer
estudo jurídico para determinar as controvérsias do aluguel de uma casa que
serviu de comitê para seu partido e pertence a um comunista que, hoje, responde
por uma área importante do governo.
Mas não basta a
Flávio Dino apenas dizer. Ele precisa fazer com a maior urgência possível. Sem
esquecer, no entanto, que o seu governo começou 2017 com uma mancha com que ele
terá de conviver até o final. Nem que tenha que se comparar ao adversário para
se autojustificar.
Tentou de tudo – Foram exatos oito
dias de idas e vindas do governo Flávio Dino tentando encontrar uma solução
para o escândalo do “aluguel camarada”.
E a cada tentativa de
resposta dos comunistas a coisa ficava ainda mais feia e complicada, diante dos
fatos incontestáveis.
Ficou claro o
abatimento do governador logo que suas primeiras versões começaram a virar
poeira diante da realidade.
E o MP? – Apesar de já ter
alcançado repercussão nacional, o “Escândalo da Funac” parece não ter
despertado o interesse do Ministério Público.
O proprietário do
imóvel alugado pelo governo, filiado ao PCdoB, participou da campanha do
partido em 2014. O prédio foi utilizado como comitê de campanha.
E mais: Jean Carlos
Oliveira, favorecido com o contrato de aluguel, é também nomeado na Emap. Mas
isso tudo vai “passando batido”, sob as vistas do MP.
Estado
Maior
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