Jean Carlos, proprietário
do imóvel alugado participa de encontro com Júlio Guterres
O Governo do Estado oficializou na
sexta-feira o desligamento do comunista Jean Carlos Oliveira dos quadros da
Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap).
Jean é filiado ao PCdoB e proprietário
de um imóvel na Aurora que abriga unidade anexo da Fundação da Criança e do
Adolescente (Funac), que ficou em evidência no escândalo de repercussão
nacional e que ficou marcado como “aluguel camarada”.
O comunista participou diretamente da
campanha eleitoral do PCdoB em 2014, quando o hoje governador Flávio Dino
(PCdoB) disputava o comando do Executivo. E o imóvel foi utilizado como comitê
de campanha. Lá, eram distribuídos materiais gráficos da campanha de Dino e
eram realizadas reuniões políticas.
Além disso, Jean Carlos recebeu, desde
2015, mais de R$ 170 mil de dinheiro público, pelo aluguel do imóvel na Aurora.
A residência, contudo, só foi ocupada pela Funac no início deste ano.
Foi o que motivou a instauração de
inquérito no Ministério Público e pelo menos duas ações na Justiça Estadual. A
denúncia é de que houve favorecimento e ato de improbidade administrativa.
Talvez por isso a Emap, agora, ao
demitir o comunista, sustenta que não vê ilegalidade na locação do imóvel, mas
condenou o agora ex-funcionário por não ter informado, no ato de sua nomeação,
a existência do contrato com a Funac.
Ora, se não há ato ilícito, porque
exigir informação sobre contratos de locação dos funcionários da empresa?
Está claro que o Governo usa a
situação de Jean Carlos para isentar-se de culpa no caso, todo ele nebuloso.
Assim como está claro que a exoneração
do comunista não elimina eventual ato de improbidade administrativa cometida no
governo Flávio Dino, na locação do imóvel na Aurora.
Ato esse que está sob a investigação
do Ministério Público e sob a análise da Justiça.
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