Por Louremar Fernandes
A Câmara Municipal de Bacabal reuniu na
sexta-feira (3) para realizar a eleição da Mesa Diretora. A sessão foi aberta e
encerrada sem que os vereadores chegassem a um acordo para iniciar a votação. O
resultado é que o vereador Irmão Leal continua como o presidente interino,
conforme sentença proferida pelo juiz Marcelo Moreira (releia)
O ponto
polêmico do episódio foi a posse do vereador Joãozinho do Algodãozinho. Na
solenidade de posse, no dia 1º de janeiro, o vereador não foi empossado porque
não apresentou o diploma eleitoral. O grupo do Senador João Alberto, ao qual
Joãozinho se aliou depois de eleito e com o qual é mantido enclausurado em São
Luis há alguns dias, apresentou duas versões sobre o caso.
Primeiro foi dito que Joãozinho teria entregue o
diploma na Câmara dias antes da posse e de lá o documento teria sumido.
A segunda versão foi apresentada na Justiça, quando
foi impetrada ação para decidir quem era o legítimo presidente da Câmara. Na
petição inicial, a nova versão é a de que o diploma de Joãozinho foi entregue
por ele no ato de posse e o vereador Maninho teria dado sumiço no documento.
Presidente interino publicou edital com normas
para a eleição
Para a eleição de sexta-feira (3) o presidente interino
Irmão Leal publicou edital com as regras específicas,
inclusive determinando o horário das 17 horas para que os vereadores não
empossados (João Garcez Maninho e Joãozinho do Algodãozinho) fossem empossados.
Segundo o presidente interino Irmão Leal, somente o vereador Maninho compareceu.
Sob o argumento de que Joãozinho do Algodãozinho
não teria cumprido a regra do edital, o presidente interino se recusou a dar
posse ao mesmo. A recusa gerou debates civilizados e outros nem tanto Os vereadores do grupo do
deputado Roberto Costa se recusaram a assinar o livro de presença e se
retiraram do plenário.
O resultado da celeuma é que o presidente interino
encerrou a sessão, convocando uma nova reunião para hoje, segunda-feira (6)
Espere, você ainda não viu tudo...
Da mesma forma como agiram no dia primeiro de
janeiro, o grupo de vereadores que apoia o ex-candidato a prefeito Roberto
Costa e o senador João Alberto, retornou para o plenário, após encerrada a
sessão, deram posse ao vereador Joãozinho do Algodãozinho e realizaram uma
votação entre eles que resultou na eleição do vereador Evan Brandão como
presidente.
Grande aparato policial e observadores da Justiça
Um esquema arrojado de segurança foi montado pela
Polícia Militar e Guarda Municipal. Ruas que dão acesso à Câmara foram
interditadas e o acesso ao prédio foi restringido. Todo o episódio foi
acompanhado por Oficiais de Justiça designados pelo juiz Marcelo Moreira como
observadores. Hoje quem continua como presidente é o vereador Irmão Leal,
legitimado pela decisão do juiz Marcelo Moreira e porque durante a sessão
oficial os vereadores não chegaram sequer a realizar alguma votação.
Se a Justiça vier a entender de forma diferente,
isso é outro assunto.
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