Os
deputados da oposição maranhense entraram em uma espécie de “Alerta Geral”,
desde a quinta-feira, 16, quando começaram as articulações do governo Flávio
Dino (PCdoB) para aumentar o ICMS da construção civil, o que deve gerar um
aumento de custos da ordem de até 80% no setor.
Desde
então, os deputados alertam sobre os riscos que representa para o Maranhão um
aumento de imposto desta magnitude. E pretendem acirrar o debate até a
terça-feira, 21, quando está prevista a votação da proposta comunista na
Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.
Adriano
Sarney (PV), Andrea Murad (PMDB), Edilázio Júnior (PV), Eduardo Braide (PMN),
Sousa Neto (Pros) e Wellington do Curso (PP), que formam o sexteto
oposicionista hoje declarado ao governo Flávio Dino já têm estratégias montadas
para mobilizar a sociedade numa verdadeira força em alerta contra mais esse
golpe do governo comunista, que já aumentou impostos dos setores de energia,
combustíveis, telefonia, bebidas e serviços como TV por assinatura e internet.
Na mesma
terça-feira em que a CCJ apreciará a proposta do governo, a Assembleia deverá
realizar audiência pública para discutir o tema, com a presença do próprio
governo, das empresas de construção, dos trabalhadores do setor e da OAB-MA.
E,
obviamente, os discursos na Assembleia serão sucessivos dentro deste tema, uma
espécie de força em alerta em nome da sociedade maranhense.
Só em 19 – Se acha mesmo necessário, o
governo Flávio Dino poderia aguardar até 2019 para revogar a Lei n° 9094/2009,
que garante tarifa diferenciada ao setor de construção civil. É que, só a
partir de então, a Emenda Constitucional 87/2015 permitirá que a totalidade da
diferença de alíquota entre estado de origem e estado destino fique no destino.
Se o PL 229/2016 passar agora na Assembleia, o comunista vai ter de repassar
para outros estados, em 2017 e 2018, nada menos que 40% do que arrecadar do
setor de construção civil.
Milhões a
mais – O
setor de construção civil paga atualmente tarifas entre 7% e 12% de ICMS ao
comprar seus insumos fora do Maranhão; e mais 3% de diferença quando a carga
chega ao estado. Se Flávio Dino impuser sua proposta, essa diferença de 3% subirá
para 11%, mas apenas 1/6 desses recursos ficarão no Maranhão. Em outras
palavras, numa compra de R$ 1 milhão, as empresas pagariam R$ 70 mil na origem,
mais R$ 110 mil no Maranhão, sendo que, destes, mais R$ 66 mil seriam
devolvidos ao estado de origem.
Coluna Estado Maior
Nenhum comentário:
Postar um comentário