E foi assim que João, n’um Vale Diouro, nasceu água, entre duas serras,
que como as pernas abertas de uma mãe que vai dar a luz, se fez rio doce para
banhar Pedreiras e o Brasil. Das cores Negra e Canela, mistura perfeita entre o
verde florestal, nasceu inspiração e não morreu mais. Se eternizou no imenso coração do poeta.
Terra de tantas tradições e mazelas
onde te partiram ao meio tomando a tua Trizidela, o homem mau acendeu o pavio
de uma dinamite que no meio de uma Pedra Grande explodiu, transformando cada
fragmento em poesia e por isso tu és pedra, a mais dura pedreira, tu és
Pedreiras, motivo de tantas canções do teu João do Vale, o “Maranhense do Século”, é, fostes e
serás cantada para muito além da história, da tua história, de qualquer
história que conte a tua poesia e cante a canção que te acorda neste dia,
espero que feliz, e em todos os dias.
Como um para o outro, teus poetas
cantadores, escritores, repentistas, se imortalizam como Correa de Araújo João
Barreto, Zé Roberto e Damião. Salve Paul Getty, Itamar Lima, Samuel Barreto, Nonato Matos,
Edvaldo Santos, Paulo Pirata, Manoelzinho, Sandro Alex, Chico Viola, Garrincha, Daniel Lisboa, Paulo Geovanny, Paúla, Netto do Cavaco, Filemon, Floriza, Sabrina, Emanoelzinho, Chico Corinto e tantos outros que te cantam,
contam, escrevem, descrevem, exaltam.
Tu Pedreiras, que és Pedaço de Canção, terra onde teus
poetas plantaram seus corações, bebe uma água de coco no Bar do Indio, come um
surubim no Poliarte, na Maricô, e no Dominguinhos um piau no azeite de coco com
farinha de puba e para rezar, se ajoelha
na catedral aos santos pés de São Benedito.
Se hoje o teu cantar é mais bonito,
esta Linha Imaginária que te divide,
é de tudo, a linha que empina a pipa da tua nova história, uma bandoleira
história que vem como uma flor que não tem cheiro, mas que todo mundo quer
cheirar.
Zé Lopes é cidadão
pedreirense, com titulo outorgado pela Câmara Municipal n’um projeto do então vereador,
Emanuel.
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