Em
confronto direto no PSDB, o vice-governador Carlos Brandão e o ex-prefeito de
Imperatriz Sebastião Madeira devem iniciar uma guerra aberta pelo comando
regional do partido.
Até então
acuado, Brandão resolveu reagir e está arregimentando prefeitos eleitos pela
legenda em 2016, para forçar a cúpula nacional a liberar a aliança com o PCdoB
também nas eleições de 2018. O vice entende que apenas com esta liberação
poderá manter o sonho de continuar no governo comunista. Em posição contrária,
Madeira tenta o controle do partido para sair da zona de influência de Flávio
Dino e, quem sabe, até lançar um candidato competitivo ao Governo do Estado.
A
princípio, Carlos Brandão, até pela própria lógica do desenho político
nacional, poderia ser classificado como derrotado nesta guerra. Mas ele tem
vencido batalhas importantes, o que mantém acesa a chama da possibilidade de
ficar onde está.
Uma das
vitórias do vice-governador foi o adiamento da decisão da direção nacional
sobre o futuro do partido no Maranhão. Madeira esperava esta decisão ainda no
mês de março. Já se chegou a abril e não há sinal de quando a cúpula tucana
decidirá a questão.
Para o
ex-prefeito de Imperatriz, é fundamental que o problema de posicionamento do
PSDB seja decidido agora, até para dar tempo de – no caso de defecções dos
dinistas – conseguir novos nomes de peso para a disputa proporcional e
majoritária de 2018.
Usando da
força do cargo, Brandão também tem oprimido levantes em vários setores do
partido. Usa todas as suas forças, mas ainda não está consolidado no controle
da legenda. Mas Madeira também não.
Da coluna
Estado Maior, de O Estado do Maranhão
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