Um
dos temas mais polêmicos entre os homens é o exame de próstata que consiste no
toque retal. Ainda existe muito preconceito com esse exame que é fundamental
para fazer o diagnóstico precoce de câncer de próstata. O fato de ser
necessário que o médico realize um toque íntimo no reto do paciente faz com que
muitos homens declinem do exame.
Além
desse exame do toque real existe outro exame que é conhecido como PSA que é realizado
em conjunto para fazer o diagnóstico. A seguir vamos falar um pouco mais sobre
o exame de toque, o PSA e também sobre o câncer de próstata que quando
diagnosticado com antecedência pode ter cura. [nggallery id=1049]
O Exame de Próstata Com Toque Retal
O Que é?
Esse
exame é realizado através da apalpação da próstata. A próstata é a glândula que
fica abaixo da bexiga próxima ao reto que é basicamente a parte final do
intestino.
O Que o Médico Procura?
O
exame serve para que o médico identifique se existe caso hiperplasia benigna da
próstata que é o aumento da mesma ou então o desenvolvimento do câncer dessa
glândula. Os médicos utilizam além do toque retal o exame PSA para fazer o
diagnóstico. A partir do momento que o médico urologista detecta que existe
alguma alteração nesses dois exames pode solicitar uma biópsia da próstata.
Como o Exame do Toque Retal é Feito?
Com
a mão protegida por uma luva cirúrgica o médico introduz o seu dedo indicador
no ânus do paciente. O objetivo é tocar a parte anterior do reto que é o local
em que está a próstata. Dentre os sinais estranhos que o médico pode detectar
na próstata do paciente estão o aumento da mesma, nódulos na glândula e
endurecimento.
Detectando
esses problemas o médico irá solicitar mais exames para saber se é um tumor ou
não. O paciente fica sabendo do resultado do exame na mesma consulta. A
indicação médica é que o exame de próstata seja feito uma vez por ano após o
homem completar 50 anos em especial se existirem casos da doença na família.
PSA – Antígeno Prostático Específico
O
exame chamado de PSA – Antígeno Prostático Específico é utilizado para
identificar alterações na próstata como câncer de próstata, hipertrofia
prostática benigna, prostatite, retenção de urina aguda, entre outras doenças.
Ressaltamos
que os valores de PSA no sangue não determinam se o indivíduo está ou não com
câncer de próstata uma vez que 4 a cada 10 homens com a doença apresentam esses
valores normais. Para ter certeza de que se está com câncer de próstata é
necessário fazer exame do toque retal e biópsia da próstata.
Quando Algo é Encontrado?
Quando
o médico conforma que existe alguma alteração na próstata do paciente cabe a
ele informar o indivíduo a respeito das possibilidades de tratamento para um
possível câncer. O tratamento pode incluir a retirada da próstata por meio de
uma cirurgia que se chama prostatectomia também é possível fazer o tratamento
com radioterapia e/ou quimioterapia, tudo depende do estágio em que a doença se
encontra.
O
urologista deve informar ao seu paciente que os tratamentos para o câncer de
próstata podem ter efeitos colaterais como impotência sexual e ainda
incontinência urinária, porém, não se tratar pode levar a morte.
Câncer de Próstata
A
glândula conhecida como próstata é exclusiva do sistema reprodutor masculino e
tem como funções produzir e armazenar parte do fluido seminal. O câncer de
próstata é o tipo de câncer mais comum nos homens acima de 50 anos de idade.
Dentre
os fatores que representam risco para os homens estão idade acima de 50 anos,
histórico da doença na família, fatores hormonais e ambientais e alguns hábitos
alimentares como, por exemplo, uma dieta rica em gorduras e com poucos
vegetais, frutas e verduras. O sedentarismo e o excesso de peso também pesam
como fatores de risco. Homens negros compõem o maior grupo de risco de
desenvolver esse tipo de tumor.
Sintomas de Câncer de Próstata
Em
geral o câncer de próstata cresce lentamente e não apresenta sintomas. Quando
os tumores chegam a um estágio mais avançado podem acarretar em dificuldades
para urinar, o que faz com que o indivíduo não sinta que esvaziou a bexiga por
completo e ainda hematúria que consiste na presença de sangue na urina.
Também
é possível que existam outros sintomas como dor óssea principalmente na região
das costas por causa de metástases. Esses sintomas apontam que o câncer
apresenta um grau maior de gravidade.
Diagnóstico do Câncer de
Próstata
O diagnóstico do câncer de próstata pode ser feito
através de um exame físico que inclui o polêmico toque retal e também através
de um exame laboratorial que é através da dosagem do PSA. Quando o médico
observa que houve um aumento da próstata ou então que o PSA está alterado deve
solicitar uma biópsia para verificar a presença de um tumor e se ele é maligno.
Em caso de o tumor ser maligno é necessário
realizar outros exames laboratoriais para saber qual é o tamanho do tumor e se
existe ou não a presença de metástases.
Tratamento do Câncer de
Próstata
A determinação de que tipo de tratamento será
realizado dependerá de fatores como a idade do paciente. Pode ser que seja
realizada a prostatectomia radical que é a retirada da próstata por meio de
cirurgia, radioterapia, hormonoterapia e também uso de medicamentos. Para os
pacientes idosos com um tumor de evolução lenta é importante que seja feito o
acompanhamento clínico que é menos invasivo.
Recomendações
- Os exames preventivos devem começar a ser feitos a partir dos 50 anos no caso dos homens que não tem histórico da doença na família.
- Aqueles que estão nos grupos de risco devem começar a fazer os exames anuais a partir dos 45 anos. Nesses grupos estão homens descendentes de negros ou então quem tem familiares de primeiro grau com a doença.
- Homens cujos familiares foram diagnosticados com câncer de próstata antes dos 65 anos tem um risco bastante grande de desenvolver essa doença. Sendo assim a recomendação é começar o acompanhamento médico e a realização de exames antes dos 40 anos.
- Os resultados do exame de toque retal e PSA podem causar angústia em muitos homens, porém, somente esses resultados não são suficientes para confirmar se o indivíduo apresenta a doença.
- Por Dr. Otávio Pinho Filho
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