O governador Flávio
Dino (PCdoB) comemorou ontem, em seu perfil, em rede social, o resultado de
mais uma pesquisa de opinião pública do Instituto Exata, que aponta a aprovação
de 58% da gestão comunista.
Compreensível o
entusiasmo do governador, não fosse uma estranha coincidência em todo esse
contexto: a pesquisa, bem como as anteriores, surgiu justamente após novo
desgaste enfrentado pelo Governo do Maranhão.
Além do escândalo dos
desvios de recursos públicos da Saúde, apontados pela Polícia Federal no bojo
da Operação Rêmora – caso mostrado em rede nacional pelo programa Fantástico,
da TV Globo -, e da proposta de criação de uma CPI na Assembleia Legislativa
para apuração justamente dos supostos desvios no setor, a publicação da
pesquisa ocorreu após surgir nos bastidores a informação de que o Instituto
Escutec já guardava números desde a última sexta-feira de um levantamento de
intenções de votos no Maranhão.
A Escutec, revelada
apenas ontem, atesta vantagem da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) sobre o
comunista para a disputa de 2018. Talvez esse seja o principal motivo da
exploração do levantamento da Exata nos perfis em rede social do governador e na
mídia alinhada ao Palácio dos Leões.
A bem da verdade,
Flávio Dino sente o peso das denúncias que atingiram a rede de saúde pública
estadual. Observa com temor a possiblidade – ainda que remota -, de instalação
de uma CPI na Assembleia Legislativa e se preocupa com o avanço de adversários
junto ao eleitorado maranhense.
Resta a ele, de forma
não tão exata assim, analisar os números.
Coluna
Estado Maior
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