Continua
envolta em uma espessa nuvem de mistério a vida do advogado Willer Thomaz,
preso na mesma operação que desbaratou o esquema revelado pelos donos da
empresa JBS.
Thomaz
foi preso em São Luís, onde estava para, segundo as investigações, consolidar o
fechamento da compra da TV Difusora por um grupo vinculado ao governador Flávio
Dino (PCdoB) e ao deputado federal Weverton Rocha (PDT). Mesmo preso, porém, a
vida do advogado radicado em Brasília mantém o mistério, sobretudo pelo grau de
relacionamento que ele demonstra ter com figurões importantes da política e da
justiça brasileiras.
Em sua
estada nas carceragens da Polícia Federal, em Brasília, Willer Thomaz já recebeu
a visita de Weverton Rocha, de governadores e deputados federais. E confirmouse
também a proximidade dele com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo
Lewandowski.
A prisão
de Willer Thomaz foi motivada pelo fato de ele manter estreitas relações com um
procurador federal que compunha a forçatarefa e repassava informações
privilegiadas ao advogado. Este procurador – também preso na operação da PF –
era auxiliar no TSE do subprocuradorgeral Nicolao Dino, que é irmão do
governador Flávio Dino.
A presença
do advogado em São Luís no dia de sua prisão, a relação com Weverton Rocha, a
proximidade com um auxiliar do irmão do governador reforça o mistério em torno
de si. Mistério que deve continuar.
Coluna
Estado Maior
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