- Ninguém é insubstituível, dizem
alguns. Mas, ninguém é mesmo insubstituível?
Hoje o dia amanheceu frio, ensolarado
e ventilado. Uma lembrança marcada por antagonismos subtraiu de mim, um sorriso
triste, carregado de amarelidão por ver que um monte de vida que podia ser vivida,
conjugou o verbo no pretérito, não sei se perfeito ou mais do que perfeito, pra
mim irregular e imperfeito, e aí entra em cena um passado tão presente, que se
apresenta como uma novela que se repete e já se sabe o final. É, mas não é
novela, e vida real.
05 de Julho de 2017. Hoje faz um ano
que perdemos o nosso amigo André Campos, Andrezinho, Dédé ou Louro, como carinhosamente
a chamávamos.
Falar de Louro agora e muito difícil.
Sua ausência desativa o cérebro, enrijece s dedos e as boas lembranças afloram
bem devagar. É melhor vive-las.
André desde menino foi um homem e
mesmo homem, continuou sendo um menino, um eterno menino que na infância em
Bacabal, preparava e vendia pão, rasgando as madrugadas com sua velha bicicleta
carregada de sacos e jacás. Olha o pão quentinho. As sete já estava pronto para
o colégio.
Sempre independente, procurando dias
melhores, mudou-se para São Lus onde estudou, fez cursos, trabalhou como cobrador,
assador de franco, garçom, e nessa de garçom, assumiu a direção do Bar Litorânea
que pertencia a Policia Federal e com muito trabalho, conseguiu a concessão.
Foi lá que ele ganhou o apelido de Louro, isso por ter barbas e cabelos cor de
ouro, mais prá sarará.
Sempre cercado de amigos, Louro
gostava de uma boa musica, principalmente de reggae e samba e nos meses de maio
e junho, acompanhava aos sábados o Batalhão Pesado do Boi da Maioba.
Gostava de criar bichos, gatos, cahorros,
pássaros e sempre que tinha uma folga, acompanhava os amigos em divertidas
pescarias.
Louro deixa um tempo de saudades, um implacável
tempo que se renova enquanto envelhecemos, um tempo outro, um tempo moderno, um
tempo que com certeza apagará um dia todas as lembranças, mas que nunca destruirá
a sua bela história.
Ninguém e mesmo insubstituível?
Um amigo e insubstituível.
É amigo. Um ano sem você em nossos
momentos, mas o tempo continua a sua jornada e cabe a nós o direito de te imortalizar
em nossas vidas para todo o sempre. Amém.
Nós te amamos
Viúva, filhos, mãe, tios, primos, irmãos,
sobrinhos, amigos, funcionários e clientes.
Parece que foi ontem,
mas já faz um ano
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