Sinto-me no dever de trazer a esta
casa a manifestação solidária, como parlamentar e como amigo, ao atual
presidente da Câmara dos Deputados, deputado André Fufuca.
Talvez pelo nome, que incorporou um
apelido carinhoso de família, talvez pelo aspecto juvenil, no ardor dos seus 28
anos, o fato é que de uma hora para outra a presença do jovem parlamentar
maranhense destampou a sanha preconceituosa que nós, nordestinos, estamos
acostumados a sofrer na pele.
Ninguém procurou ver a trajetória que
levou o jovem a percorrer a espinhosa senda política até alcançar o cargo que
ocupa legítima e merecidamente.
Médico de formação, com apenas 21 anos
foi eleito o deputado estadual mais jovem do Brasil. Durante seu primeiro
mandato presidiu a Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional,
assim como a Comissão de Saúde.
Isso o credenciou a disputar o mandato
federal, conquistado com mais de 56 mil votos. Nesse cargo, ainda no primeiro
ano de mandato assumiu a relatoria da CPI da Máfia das Órteses e Próteses no
Brasil.
No segundo ano de mandato tornou-se o
mais jovem coordenador de bancada da história do Brasil. Demonstrou assim, ter
a confiança de seus pares e espírito de liderança.
As tentativas de transformá-lo numa
piada política não passam de manifestação preconceituosa, que seria tolerável
no espaço anárquico das redes sociais, mas não pode ser aceito quando é
encabeçada por veículos de comunicação.
Antes mesmo de tomar qualquer decisão,
o presidente interino da Câmara é julgado não pelo que fez ou deixou de fazer,
mas simplesmente pela aparência.
Mas André Fufuca já deu provas de que
é um deputado de posição, que tem brilho próprio e isso ficará demonstrado ao
longo de sua breve interinidade.
*Roberto Rocha é senador
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