A desembargadora Nelma Sarney, do
Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), concedeu ontem entrevista exclusiva a O
Estado. Ela falou um pouco sobre a eleição para a Mesa Diretora da Corte –
algo inédito nas últimas décadas, marcadas por eleições protocolares, por
aclamação – e dos seus planos caso seja escolhida a nova presidente.
Ainda em conversas com os colegas desembargadores
em busca de votos – a disputa será como desembargador José Joaquim Figueiredo
dos Anjos -, Nelma diz que, se eleita, pretende fazer uma “gestão
compartilhada”.
“Só se pode administrar um órgão se
for de forma compartilhada com seus pares. E é isso que eu espero, é isso que
eu desejo: que esse meu trabalho seja reconhecido”, disse.
Segundo ela, além dos desembargadores,
servidores e juízes também serão ouvidos na sua administração.
“A minha administração no Tribunal de
Justiça será compartilhada com todos os meus pares, com todos os meus colegas,
com todos os funcionários, os juízes, como foi na Corregedoria”, completou.
A magistrada acrescenta que, apesar da
iminente disputa, ainda acredita em alguma forma de consenso e ressalta que
segue buscando apoio.
“Tenho conversado com todos, tenho
procurado os desembargadores, com todos os colegas que estão me dando a
oportunidade de conversar, eu tenho procurado conversar”, comentou.
“Essa é minha proposta, de harmonia”,
reiterou.
Apoio – Durante a entrevista, Nelma
Sarney também destacou o apoio que tem recebido de servidores do Judiciários.
Em recente eleição simulada, realizada no site do Sindicato dos Servidores da
Justiça do Maranhão (Sindjus), a desembargadora apareceu com mais de 95% dos
votos.
Para ela, trata-se de reconhecimento
ao trabalho desenvolvido “em prol do Poder Judiciário” maranhense alo longo dos
últimos anos.
“Foi a resposta de um
trabalho que eu venho ao longo do tempo desenvolvendo. É o reconhecimento, por
parte dos servidores, do meu posicionamento e do meu trabalho em prol do Poder
Judiciário do Maranhão. Acho que isso está plenamente demonstrado através dessa
eleição simulada. A preocupação dos funcionários com o respeito à tradição”,
concluiu.
O ESTADO
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