É
impressionante como alguns gestores não conseguem ter a capacidade e dignidade
de assumirem seus erros, imperando assim a covardia. O caso mais recente é a morte
de um recém-nascido que não foi atendido por um médico no Hospital Materno
Infantil de Pinheiro (reveja aqui).
O triste
episódio, como não poderia deixar de ser, ganhou repercussão nacional e foi a
matéria mais lida em todo o Brasil, no site do G1.
Uma
ambulância da Prefeitura de São Bento chegou ao Hospital de Pinheiro na
madrugada desta quinta-feira (01), mas o médico de plantão, Paulo Roberto Penha
Costa, negou o atendimento e confirmou a negativa diante de uma guarnição da
Polícia Militar. Pela omissão de socorro o médico foi preso e na Delegacia de
Polícia afirmou que cumpriu uma determinação da Direção do Hospital Materno
Infantil de Pinheiro. A criança que estava em estado grave, segundo a equipe
médica de São Bento e os policiais militares, veio a óbito logo após a prisão
do médico.
Só que
pasmem, de maneira covarde e cruel, o Hospital Materno Infantil emitiu uma Nota
afirmando que a criança já estava morta quando chegou a unidade de Saúde em
Pinheiro e responsabilizando o atendimento médico feito em São Bento pela morte
da criança (clique aqui
para ler a nota covarde e vergonhosa).
Entretanto,
a nota covarde do Hospital Materno Infantil não lhe tirará a responsabilidade
dos fatos, pois além de mentirosa, não evitará que a afirmação do médico Paulo
Roberto Costa, que afirmou ao delegado que cumpriu a determinação da direção do
hospital para não atender pacientes de outros municípios, seja investigada pela
Polícia Civil.
Além
disso, nunca é demais lembrar que o prefeito de Pinheiro Luciano Genésio,
responsável por uma administração irresponsável e caótica, já havia afirmado
anteriormente que fecharia as portas dos hospitais da cidade para seus
adversários.
“Não tem
problema não Herasmo, pode ficar batendo no governo, já que foi orientação de
Penaldon nesse caso, porque eu entendo que tudo indo para uma rádio de
Penaldon, a orientação é dele para você bater no governo. Não tem problema não,
a partir de segunda-feira as portas dos hospitais estão todas fechadas para
Presidente Sarney viu. Eu já passei uma mensagem para Penaldon e Wellington
essa semana sai da TV e volta para BAND, um abraço”, afirmou Luciano Genésio a
um radialista que fazia críticas a sua gestão e seria ligado a Prefeitura de
Presidente Sarney (reveja aqui).
Ou seja,
o que Luciano Genésio antecipou, efetivamente aconteceu e culminou com a morte
de um recém-nascido.
O Blog do
Jorge Aragão só espera que a Polícia Civil, bem como a Secretaria de Segurança,
não seja benevolente com o caso, apenas pelo fato do prefeito ser aliado
político do governador Flávio Dino. Até mesmo pelo fato de que a atuação e
conduta do delegado Regional de Pinheiro, Carlos Renato, foi exemplar.
Lembrando
que até hoje, o irmão de Luciano Genésio, Lucío Genésio, mesmo passados quase
90 dias e com dois mandados de prisão, segue foragido e sem nenhuma pista por
parte da sempre atuante, mas dessa vez, estranhamente, morosamente Polícia
Civil do Maranhão.
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